Douradenses dispostos a pesquisar preços podem ter economia de quase R$ 50,00 no quilo do filé mignon e de até R$ 17,00 na ponta de peito. Isso é o que revela pesquisa realizada pelo Procon (Programa Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor) em 18 estabelecimentos de Dourados na quarta-feira (4).
No dia 25 de novembro, em visita à cidade para inauguração do complexo industrial da Coamo, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou que a alta da carne bovina no mercado interno ocorre por um momento passageiro de equilíbrio da cadeia produtiva. Mas ela reconheceu que não será mais possível pagar os preços de dois meses atrás e sugeriu até que o Brasil importe o produto para equilibrar o mercado.
Após essa declaração, o Dourados News consultou as pesquisas divulgadas pelo Procon ao longo do segundo semestre de 2019 e apurou que o quilo da carne de segunda ficou pelo menos R$ 5,00 mais caro de novembro a dezembro.
Em julho, o programa indicava preços entre R$ 7,99 e R$ 19,99 do quilo da carne de segunda. Eles oscilaram de R$ 9,90 a R$ 18,99 em agosto, e permaneceram estáveis em R$ 9,90 e R$ 19,90 entre setembro e outubro. Em novembro, foi apurada uma pequena alta, que fez os valores chegarem a R$ 10,98 e R$ 20,99 nos estabelecimentos de menor e maior preços.
Nesta quinta-feira (5), foi divulgado levantamento mais abrangente, focado nas carnes bovina, suína, de aves e ovinos.
No caso da bovina de primeira, a maior variação de preços foi constatada no filé mignon, de 140,66%. O quilo mais caro é vendido a R$ 83,99 em um supermercado na Avenida Marcelino Pires, próximo ao Terminal Rodoviário Renato Lemes Soares. O mais barato, a R$ 34,90, num açougue localizado na Hayel Bon Faker, no Jardim São Pedro.
Já entre as carnes bovinas de segunda foi observada diferença de 100,06% nos valores praticados entre estabelecimentos comerciais. Por R$ 33,99 é comercializado o quilo em mercado na Rua Major Capilé, na Vila Maxwell, e por R$ 16,99 no açougue do Jardim São Pedro.