O dólar comercial chegou a subir mais de 3% durante esta segunda-feira (4), mas depois reduziu um pouco o avanço e fechou a primeira sessão de 2016 em alta de 2,18%, a R$ 4,034 na venda.
É o maior valor de fechamento desde 29 de setembro, quando a moeda norte-americana valia R$ 4,059.
Na última sessão de 2015, a moeda norte-americana subiu 1,83% e encerrou o ano com alta de 48,5%.
Cenário internacional
Os investidores estavam preocupados com a economia da China, após dados fracos sobre a indústria do país.
Uma pesquisa mostrou que a indústria do país encolheu em dezembro, pelo 10º mês seguido.
Os dados tiveram efeito na Bolsa de Valores chinesa, que despencou 7%. Com isso, as negociações das ações foram suspensas pela primeira vez.
A desaceleração da China preocupa porque o país é um dos maiores importadores do planeta e um dos maiores compradores de matérias-primas (chamadas de commodities), como ferro e petróleo. Portanto, quanto o ritmo da economia chinesa diminui, isso afeta toda a economia mundial.
A China também é um grande exportador, e dados econômicos têm mostrado um ritmo mais lento também nesse indicador.
"Se a China está ruim, os países que dependem da China vão no mesmo barco", disse gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo, à agência de notícias Reuters.
Os investidores também estavam preocupados com a queda do petróleo.
Ainda do exterior, dados mostraram que o setor industrial nos Estados Unidos contraiu ainda mais em dezembro, com o dólar forte prejudicando as exportações. Além disso, os gastos com construção tiveram a primeira queda em quase um ano e meio em novembro.
Cenário nacional
No Brasil, o pessimismo com o cenário político acentuou ainda mais a alta do dólar. O recesso no Congresso Nacional adia a decisão de medidas importantes para a busca do ajuste das contas públicas.
Entre as medidas a serem analisadas pelo Congresso após a volta do recesso está a retomada da CPMF, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 e necessária nos cálculos do governo para fechar o ano com a meta de economizar 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
Atuações do BC
O Banco Central fez nesta sessão o primeiro leilão de rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 1º de fevereiro, com oferta de até 11,6 mil contratos.
Na operação, o BC rolou o equivalente a US$ 563,4 milhões, ou cerca de 5% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões.
Se mantiver esse ritmo até o penúltimo dia útil deste mês, como de costume, o BC rolará integralmente o lote de fevereiro, como fez nos cinco meses anteriores.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
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