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Agronegócio

Cooperar com indústrias pode ser saída para pecuária leiteira, sugere ministra

26 novembro 2019 - 11h21Por André Bento

Uma saída para a crise vivida pela pecuária leiteira pode ser a cooperativa entre produtores rurais e indústrias. Essa alternativa foi sugerida pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, durante inauguração de um complexo industrial da Coamo em Dourados, na manhã de segunda-feira (25).

Questionada sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor, ela citou a necessidade de organização da cadeia produtiva e usou como exemplo aquilo que via com os próprios olhos, a indústria de 92 mil metros quadrados com capacidade para processar 3 mil toneladas de soja e refinar 720 toneladas de óleo de soja por dia.

“Precisa ser feita organização melhor dessa cadeia produtiva [da pecuária leiteira]. Abrimos 25 plantas na China. Agora a cadeia precisa estar organizada. Nós não vamos vender leite in natura, vamos vender queijo, leite em pó, leite condensado. Essa cadeia precisa se organizar”, recomendou a ministra.

Encantada com a estrutura da Coamo em Dourados, Tereza Cristina citou como exemplo a ser seguido pela pecuária leiteira. “Os produtores e a indústria precisam estar mais juntos, talvez o exemplo seja esse, cooperativa, integração cada vez maior, uma saída para esse setor que sofre tanto, mas eu tenho certeza que em breve ele também vai estar participando dessa pujança que vive hoje o agronegócio”, ponderou.

De acordo com o mais recente boletim Casa Rural da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), o preço nominal de referência do Conseleite/MS para o leite padrão em setembro de 2019 foi R$ 1,0289/litro.

Isso representa, conforme a entidade, discreta retração de 0,63% em relação a agosto (R$ 1,0354/litro) e queda de 8,3% frente ao R$ 1,1224/litro de setembro de 2018. “A relativa estabilidade dos preços observada nos últimos meses sem ceder à pressão de baixa ocorre em função da produção restrita. A perspectiva para outubro é de R$ 1,0135 por litro”, detalha.

IMPORTAR CARNE

Sobre a alta da carne bovina no mercado interno, a ministra afirmou que esse é um momento passageiro de equilíbrio da cadeia produtiva, reconheceu que não será mais possível pagar os preços de dois meses atrás e sugeriu até que o Brasil importe o produto para equilibrar o mercado.

“Tem que lembrar quanto tempo a arroba do boi ficou parada. Ninguém falava que estava barato demais. O produtor rural aguentou muitos anos. Isso é um momento de equilíbrio dessa cadeia produtiva. A cadeia vive um momento de euforia, mas já já esse mercado vai se equilibrar”, afirmou.

Segundo ela, “os preços não serão mais os preços praticados há dois meses atrás”, mas com certeza “essa euforia não continua”. “É um momento de ajuste da carne brasileira. O Brasil é grande exportador, mas também pode importar carne, se precisar, para dar equilíbrio ao mercado”, disse.

Também conforme a Famasul, “a cotação da arroba em Mato Grosso do Sul, entre 01 a 19 de novembro de 2019, registrou valorização expressiva”.

“No fechamento de 19/11 a arroba do boi foi cotada a R$ 186,96 e da vaca R$ 174,74. O valor da arroba do boi teve alta de 14,9% em relação ao início de novembro quando foi cotado a R$ 162,58/@ e a arroba da vaca registrou valorização de 15,5% em relação aos R$ 151,17 por arroba de 01/11”, informou a entidade.

Segundo a Famasul, “os preços estão valorizados porque há a combinação de menor oferta e demanda aquecida, principalmente do mercado externo. Porém, a volta de animais terminados a pasto poderá, nos primeiros meses de 2020, equilibrar oferta à demanda e com isso reduzir a intensidade da curva de alta”.

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