Os auditores-fiscais da Receita Federal intensificaram, a partir desta semana, a operação-padrão que conduzem nas três unidades alfandegárias de fronteira de Mato Grosso do Sul: Corumbá, Ponta Porã e Mundo Novo. A iniciativa faz parte da mobilização nacional da categoria por reajuste salarial.
“Nós somos a única classe entre todas do serviço público federal que não teve nenhum tipo de reajuste salarial nos últimos oito anos. Algumas obtiveram 30%, outras 27%. Nós estamos reivindicando 19%, que foi o menor índice concedido pelo governo federal em negociação com outras categorias”, explicou o presidente do Sindifisco Nacional em Mato Grosso do Sul, Anderson Novaes.
O coordenador regional do comando nacional de mobilização, Gustavo Freire, explica que, durante a operação-padrão, os auditores aplicam uma vistoria ainda mais minuciosa em todas as cargas que passam pelas unidades aduaneiras, o que aumenta o prazo para a liberação de mercadorias.
Em unidades como a de Ponta Porã, por exemplo, a liberação de uma carga que demoraria em torno de um dia passa a ocorrer somente no dia seguinte, sempre levando em conta o tipo de mercadoria transportada. Perecíveis, por exemplo, têm prioridade em relação aos granéis.
Nesta quinta-feira, dia 05 de dezembro, quando a operação foi implementada, houve formação de longas filas nas três aduanas sul-mato-grossenses.
Além da operação-padrão, Freire disse que alguns coordenadores de unidades também colocaram os cargos de chefia à disposição da Receita. Ele aponta que, dependendo da negociação com o governo federal sobre a pauta de reivindicações – que inclui ainda melhoria das condições de trabalho para a categoria, entre outras –, o movimento pode ser potencializado nas próximas semanas.
Mais informações com o presidente do Sindifisco Nacional em Mato Grosso do Sul, Anderson Novaes, pelo telefone 67 98190-8734.