O mercado de câmbio encerrou os negócios desta sexta-feira com forte desvalorização do real. O dólar comercial ficou cotado a R$ 3,061 na compra e R$ 3,063 na venda, com alta de 2,13% em relação ao fechamento de ontem. É a maior cotação desde agosto do ano passado. Na máxima do dia, a cotação chegou a R$ 3,09. Às 14h36, o Bovespa operava com queda de 3,01%, somando 18.601 pontos. A piora também é observada no mercado de tÃtulos da dÃvida externa. O C-Bond era negociado a 87,12% de seu valor de face, com queda de 3,32%. O risco-Brasil chegava a 755 pontos, com alta de 5,74%. Dois fatores são os principais responsáveis pelo nervosismo do mercado nesta sexta-feira. O primeiro é um indicador sobre trabalho nos Estados Unidos. O número de novas vagas criadas em abril ficou muito acima das estimativas. Os investidores estão preocupados porque a maior criação de empregos demonstra que a economia dos EUA está se recuperando com força. Além disso, mais gente com renda provocaria o aumento dos preços e, conseqüentemente, uma elevação da taxa básica de juros - atualmente em 1% ao ano. A alta dos juros dos EUA tornaria os tÃtulos da dÃvida do paÃs mais atrativos, podendo provocar a saÃda de capitais de mercados emergentes, avaliam os analistas. No entanto, para o diretor de operações da corretora Novação, Carlos Alberto Ribeiro, os investidores deveriam também olhar o lado positivo da recuperação da economia norte-americana. Ele lembra que os EUA são o principal cliente das empresas exportadoras do Brasil e que um reaquecimento da economia deles poderia beneficiar os resultados dessas companhias.O outro motivo que ajuda na piora dos mercados é a disparada dos preços do petróleo. As cotações ultrapassaram nesta manhã o patamar de US$ 40 por barril em Nova York, marcando a maior cotação desde outubro de 1990. Â
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