O diretor-financeiro da luxuosa loja Daslu, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, irmão da proprietária da loja, Eliana Tranchesi, teve cassado o habeas-corpus que o permitia responder a processo em liberdade. A decisão foi proferida ontem à tarde no Tribunal Regional Federal da 3ª Região e, diante do resultado, o réu se entregou logo após as 23h à Polícia Federal, em São Paulo. Piva passou a noite na custódia da PF e foi transferido hoje à tarde para o Centro de Detenção Provisória 2, em Guarulhos, onde chegou no começo da tarde. Os donos da Daslu e mais cinco proprietários de importadoras são acusados de formação de quadrilha, descaminho aéreo consumado - importação de produtos lícitos feita de maneira irregular-, descaminho aéreo tentado - tentou fazer a fraude, mas não conseguiu - e falsidade ideológica. Caso sejam condenados, Eliana e o irmão podem pegar até 21 anos de prisão. Piva de Albuquerque ficará preso por tempo indeterminado. Piva e os demais réus do caso são processados em Guarulhos, pois as fraudes nas importações foram detectadas pela Receita Federal no aeroporto de Cumbica. No pedido de prisão preventiva, os procuradores da República Matheus Baraldi Magnani e Jefferson Aparecido Dias justificaram a medida com três argumentos: o MPF conseguiu provas de que a Daslu continua realizando importações fraudulentas, Piva vem tentando comprometer o andamento útil do processo e há fortes indícios de que o empresário esteja se ocultando para não receber intimações do processo judicial.