Grupos de desempregados da Argentina bloquearão amanhã 120 estradas em todo o país com o objetivo de pedir trabalho e melhorias nos planos sociais ao governo, disse hoje, terça-feira, um dos organizadores do protesto. Os "piqueteiros", como são conhecidos na Argentina os desempregados que bloqueiam vias reivindicando trabalho e alimentos, ameaçam realizar durante sete horas o "maior protesto" contra o presidente Néstor Kirchner desde que assumiu seu cargo, há quase um ano. "É um plano nunca visto porque todo o movimento "piqueteiro" se unirá para cortar os principais acessos do norte ao sul do país pedindo trabalho, além de subsídio para todos os desempregados", afirmou à EFE Néstor Pitrola, titular do Pólo Operário, e um dos organizadores do protesto. "O governo deve mudar sua política social e econômica porque não beneficia nenhum dos argentinos", acrescentou. Os "piqueteiros" também pedirão que seja elevado para 350 pesos (cerca de 150 dólares) o valor do plano denominado "donos e donas de casa". Neste projeto, 2,3 milhões de pais de família desempregados recebem atualmente uma ajuda estatal de 150 pesos mensais (51 dólares). "O governo está totalmente inclinado a ceder à extorsão imperialista econômica e política, submetendo o povo argentino. Acabou a demagogia e cede-se aos poderosos. Mas acreditamos que a unidade que a luta operária está alcançando pode conseguir bons resultados", assinalou Pitrola. Só na capital argentina e as cidades que à sua volta, os manifestantes prevêem realizar 15 bloqueios, aos quais se somarão, em alguns casos, movimentos de aposentados, trabalhadores estatais e professores universitários que buscam uma melhoria salarial. Além disso, os desempregados exigirão que o governo de Kirchner estabeleça anulação do processo judicial de quatro mil "piqueteiros" por seus atos de protesto. Uma outra reivindicação é o fim do pagamento da dívida externa para utilizar esse dinheiro na geração de fontes de trabalho. A economia argentina cresceu 8,7 por cento no ano passado, após queda de 20 por cento acumulada pela recessão registrada entre 1998 e 2002. No entanto, este crescimento ainda não conseguiu reverter a grave situação social do país, onde mais da metade de seus 36 milhões de habitantes vive na pobreza e 14,5 por cento da população economicamente ativa está sem emprego.
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