Os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul aprovaram na sessão desta quarta-feira, dia 13 de setembro, indicação de autoria do deputado Pedro Kemp (PT), solicitando a criação de uma força-tarefa entre os governos federal, estadual e municipal para combater a leishmaniose no Estadol. Dados do Ministério da Saúde revelam que dos 5,5 mil municípios do País, Campo Grande está entre as 15 cidades com maior número de leishmaniose visceral. Em Mato Grosso do Sul, a doença já matou 150 pessoas e vitimou 1,4 mil cães, que tiveram que ser sacrificados. Pedro Kemp defendeu na semana passada, ao ocupar a tribuna, a criação também de uma campanha massiva nos meios de comunicação como forma de conscientizar a população. “Não podemos ficar a mercê do clima. Nós temos que exigir das autoridades de Saúde providências e não apenas divulgação de dados”, lembrou o deputado. Pedro Kemp questionou também, à época, a falta de kits para realização do exame de leishmaniose em cães, problema que vem sendo rotineiro no Estado. “O que nos preocupa é que essa não é uma doença qualquer. Independente de partido, cobramos providências do governo do Estado, do município, da União. O trabalho para conter essa doença precisa unir a todos”, disse. O documento, aprovado hoje, será encaminhado para a coordenadora nacional de leishmaniose do Ministério da Saúde, Nilce Elkhoury, e às secretarias municipal e estadual de Saúde. A Leishmaniose Visceral é também conhecida como Calazar. É uma zoonose que afeta outros animais além do homem, tendo como características febre de longa duração e outras manifestações, e, quando não tratada, evolui para óbito, em 1 ou 2 anos após o aparecimento dos sintomas. A transmissão da doença é feita pelo inseto hematófago flebótomo Lutzomia longipalpis.