Denunciada uma nova suspeita de foco de febre aftosa no rebanho bovino de propriedades localizadas no departamento de Canindeyú, no Paraguai, próximo a fronteira com o Brasil, na região de Mato Grosso do Sul. Nessa mesma região, na localidade de Corpus Christi, foi registrado em outubro de 2002 um foco da doença, sendo que, em julho do ano passado, outro episódio foi confirmado em Boquerón, também no Paraguai.No entanto, nesse novo caso, o Senacsa (Serviço Nacional de Saúde Animal) do Paraguai, de posse de provas laboratoriais, descartou que há um novo foco de febre aftosa em propriedades rurais de Canindeyú. Conforme o presidente do órgão, Hugo Corrales, os bovinos de propriedades da área estão infectados com a enfermidade conhecida como IBR (Rinotraqueitis Infecciosa Bovina) que apresenta lesões parecidas com as da aftosa.Ainda de acordo com ele, no dia 4 de agosto a Senacsa recebeu uma denúncia do pecuarista Juan Ramón Gimenez, da cidade de Villa Ygatimí, onde tem 1.131 animais, informando sobre animais que apresentavam lesões parecidas com as da febre aftosa. O órgão de defesa sanitária do Paraguai destinou uma equipe de especialista que coletou 12 mostras de sangue dos animais para serem analisadas em laboratórios da entidade em Assunção, capital do Paraguai.Os resultados, segundo Corrales, descartam a possibilidade de um foco de febre aftosa e confirmam a presença de um caso de IBR. “Pelo menos dez das 12 amostras de sangue coletadas junto aos animais deram como positivo para o IBR”, garante o presidente do Senacsa.Independente disso, Corrales informa que foi ativado um sistema de vigilância para monitorar a situação na região da fronteira. Ele disse ainda que outras equipes da Senacsa se dirigiram para a colônia de Itanará, onde também existe animais com sintomas de IBR. Corrales disse que está tranqüilo porque todos os animais da referida região foram vacinados no ano passado e neste ano contra a febre aftosa, sendo que o índice de imunização em Canindeyú foi de 87% do rebanho.