O senador e candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Delcídio do Amaral (PT), disse estar confiante na vitória no pleito de outubro e questionou, segundo ele, a ‘velha maneira’ de se fazer política no Estado. Em Dourados, onde realiza campanha durante todo o sábado (16), ele atendeu a imprensa num aeroporto particular e conversou sobre vários assuntos.
“Estamos preparados para vencer no primeiro turno, porque, dizem os especialistas, se nós começarmos a rodar com 47%, 48%, já foi. O Ibope [instituto de pesquisa] fala até em 45%”, disse.
Durante a semana, a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) junto do Ibrape, divulgou a segunda rodada da pesquisa para o governo que aponta o senador com 44%, seguido por Reinaldo Azambuja (PSDB), 21% e Nelsinho Trad (PMDB), que tem 20%. Evander Vendramini, professor Monje e Sidney Melo aparecem respectivamente com 2%, 1% e 1%.
Apesar da vantagem, o petista teve uma ligeira queda entre a primeira rodada, divulgada em julho. Na época, ele aparecia com 46% das intenções de voto.
Questionado, disse não se preocupar com os números. “Não, está dentro da margem. Vamos continuar trabalhando e no meio do povo. Vamos trabalhar duro para fechar a conta no 1º turno”, afirmou.
VELHA POLÍTICA
Delcídio voltou a falar sobre fazer uma campanha voltada para propostas, sem ataques pessoais, mas acabou alfinetando o que chama de ‘velha política’ no Estado.
“Essa velha política de achar que esse tipo de coisa funciona [ataques]. No início do ano era a minha identificação com Alcides Bernal [prefeito cassado de Campo Grande e candidato ao senado] e vocês estão vendo o que ele representa nas pesquisas (...), tanto é que a operação é tentar tirá-lo na Justiça, porque se não segurar... vocês estão vendo os números dele”, disse acompanhado pelo também candidato ao Senado em sua coligação, Ricardo Ayache (PT).
Na mesma pesquisa divulgada pela Fiems, Bernal aparece muito próximo de Simone Tebet (PMDB) na estimulada e à frente dela na espontânea.
Sobre o envolvimento na compra por parte da Petrobrás, da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, ele disse que todos os assuntos com relação à energia terão seu nome vinculado.
“Sai da Petrobrás há anos e tentam confundir, misturam. Até pela minha relação com a empresa, trabalhei lá, como não vou conhecer o pessoal? Qualquer assunto que envolver o setor energético terá meu nome envolvido. Mas não dessa forma que a Veja [revista que divulgou um vídeo onde o nome do senador aparece, junto outras pessoas numa suposta combinação de perguntas e respostas para a CPI da Petrobrás] tentou me envolver no processo. Cita o meu nome e qual a relação do que aconteceu?”, e continua: “mas a turma explora. A confusão é só aqui, tanto que na semana passada nem citaram o meu nome na revista. O MP (Ministério Público) agora investiga quem levou a ‘canetinha’ para apurar como na sala da diretoria da Petrobrás se grava uma conversa entre gerentes, agora eu quero ver”, finalizou.