Nada mais apropriado para estampar a nova ação desencadeada pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava-Jato na manhã de terça-feira do que o nome dado a ela: “Catilinárias”, fazendo referencia ao senador Lúcio Sérgio Catilina, que tentou derrubar o governo Republicano defendido pelo cônsul romano, Marco Túlio Cícero, em 63 a.c.
Agora, quase 2.100 anos depois, no Brasil, a situação se torna parecida diante do embate existente entre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), e a presidente da República, Dilma Rousseff (PT).
Comparando as datas e a história e guardando as devidas proporções, Cunha estaria para Catilina, como Dilma para Cícero.
Ou seja, o parlamentar tenta desde o início do ano derrubar o governo boicotando projetos e fazendo oposição ‘fria e calculada’ numa clara intenção de quem sabe, comandar o país. Porém, como no papel de Catilina no passado, não consegue atrair a confiança de pessoas próximas a ele devido a dúvidas em relação ao seu caráter.
Contra Eduardo Cunha, recai as contas existentes na Suíça e investigações contra a sua pessoa que podem resultar até na cassação de mandato, o comprometem nesta bagunça que se transformou o país. Sem contar as buscas e apreensões realizadas ontem em suas casas no Rio de Janeiro e Brasília.
Já Dilma através de sua base tenta de toda forma desmascarar o deputado, como no famoso discurso versado por Cícero, questionando de forma ameaçadora o seu opositor, caso continue com seu rito.
A afirmação do cônsul romano, é claro, não se alinha ao trabalho desencadeado pela presidente até o momento, que é péssimo e se prova nas recentes pesquisas de popularidade, mas sim, na intenção de intimidar e mostrar possíveis consequências contra ele.
Isso vem se tornando cada vez mais do que evidente, até porque, a caixa-preta aberta pelo poder contra o deputado é sabida de tempos e vem sendo usada aos poucos como uma forma de desmoralizar o já desmoralizado parlamentar diante de sua tentativa de sair como herói de um processo corrupto que se mostra sem fim.
Cabe agora à Justiça e organismos independentes de qualquer ação politiqueira não deixar a ‘peteca’ cair para que mais pessoas possam ser ‘derrubadas’ nessas ações e que respondam pelas mazelas deixadas no Brasil.
Que a Lava-Jato vá até o fundo, que se vasculhe e coloque atrás das grades, todos os que de alguma forma surrupiaram o país ao longo de anos e décadas.
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