Dez jogos sem vitória --sem contar o clássico anulado no Brasileiro do ano passado, no escândalo das arbitragens, em que o São Paulo bateu o Corinthians por 3 a 2-- e pouco mais de três anos de infortúnios causaram a troca de sete goleiros corintianos no período.Vulneráveis, os portadores da camisa 1 corintiana viram a última vitória sobre o São Paulo acontecer na final do Paulista de 2003. De lá para cá, enfrentaram o rival Fábio Costa, Thiago, Rubinho, Doni, Johny Herrera, Sílvio Luiz e Marcelo.A situação contrasta totalmente com o São Paulo, que possui um camisa 1 indiscutível e onipresente. Principal jogador e capitão da equipe, Rogério só ficou de fora de uma das dez partidas invictas, quando foi substituído pelo então suplente Roger, hoje reserva do Santos.Além da hegemonia dentro de campo, Rogério também teve muito menos trabalho do que a legião de goleiros corintianos no que diz respeito a pegar a bola no fundo da rede. Enquanto o São Paulo foi vazado seis vezes nesses confrontos, o Corinthians tomou mais do que o triplo de tentos do rival: 19.Contudo, apesar da superioridade, no Morumbi ninguém se atenta para a escrita. "Tabu só vale fora de campo. Se você não correr e se esforçar, não tem escrita que dê jeito", fala Rogério, sempre que um tabu vem à tona às vésperas de um jogo.No Corinthians, o momento é de Marcelo, goleiro de 22 anos, que espera ver essa situação interrompida amanhã."Passamos momentos difíceis, mas o time, após a chegada do Leão, está ganhando confiança e tem tudo para fazer um bom papel", afirmou o goleiro do clube alvinegro.Marcelo virou titular com Geninho devido à má fase de Sílvio Luiz. Com Leão, recebeu um voto de confiança. Nesta reação corintiana, ele vem sendo um dos principais jogadores do time.