Apesar das notícias sobre um fracasso na COP15, Conferência do Clima em Copenhague, neste final de semana, mesmo assim, muitas coisas tendem a melhorar nesse assunto tão grave.
Ninguém pode alegar desconhecimento nas mudanças climáticas que estão acontecendo com o planeta Terra. Estão aí em todos os noticiários de jornais, rádios e TVs. Furacões cada ano mais
violentos, o Katrina é o melhor exemplo disso; degelo nos pólos, tanto no ártico, como no antártico; tornados acontecendo em todas as partes do mundo, inclusive aqui no Brasil, quando o primeiro deles deixou uma grave lembrança aos moradores do litoral catarinense; inundações tanto no Maranhão como no Rio Grande do Sul, sem esquecer a cidade de São Paulo que ainda hoje, após 15 dias, mantém bairros inteiros alagados.
Todos, absolutamente todos, têm consciência do problema, mas todos fingem que não é de sua responsabilidade; a responsabilidade é dos outros.
Assim agem os países ricos que mais poluem o planeta e não querem – ou não podem – parar de poluir. Assim age o individuo que joga na rua uma garrafa vazia que irá entupir esgotos e inundar a sua cidade. A responsabilidade nunca é reconhecida.
Para relembrar o histórico da luta da ONU em favor do Meio Ambiente, extraio de um excelente livro de Antonio Lombardi os dados aqui citados: a ONU, Organização das Nações Unidas, decidiu
realizar uma conferência internacional para tratar do assunto em 1972 e para isso foi escolhida a cidade de Estocolmo. Essa Conferência é o marco inicial da preocupação pública com
respeito aos problemas ambientais.
Depois da Conferência de Estocolmo a preocupação cresceu e a ONU, em 1988, decidiu pela formação de um órgão de suporte científico a fim de que as hipóteses de mudanças no clima fossem avaliadas.
Assim, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) estabeleceram o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O IPCC tem hoje mais de 1.200 cientistas que colaboram com seus estudos. Atualmente o IPCC já forneceu evidências suficientes de que o clima no mundo está mudando, de que o aquecimento global é uma realidade e de que isso tudo é nossa responsabilidade.
O Brasil foi contemplado para realizar em junho de 1992 a Cúpula da Terra, a ECO’92, na cidade do Rio de Janeiro. Essa Conferência teve a participação de 172 países, com 108 chefes de Estado e foi
acompanhada por mais de 10.000 jornalistas de todo o mundo.
Na ECO’92 todos os signatários concordaram e assumiram responsabilidades comuns e comprometeram-se a reunir-se uma vez ao ano a fim de discutir as determinações da Convenção. Essas reuniões são chamadas de Conferência das Partes (COP).
Em 1995 foi realizada a primeira COP em Berlim, Alemanha e ficou estabelecido uma fase de dois anos para análises e avaliações acerca das ações a ser tomadas pelos países participantes.
Na segunda COP realizada em Genebra, Suíça, os países aceitaram as evidências científicas apresentadas pelo IPCC que as alterações climáticas são induzidas pelo homem.
Em dezembro de 1997, por ocasião da COP3, em Quioto, Japão, o mundo mostrou-se apreensivo. As metas de redução de gases de efeito estufa não estavam sendo cumpridas. Na COP3, através do Protocolo de Quioto, os países decidiram-se por medidas mais drásticas.
Hoje já passamos pela COP15 que acaba de acontecer em Copenhague, Dinamarca e como todas as COP anteriores em que a maioria das partes mostra suas insatisfações, o mundo vai, sim, ficando mais consciente da sua obrigação em parar de poluir. E nisso a ONU tem tido o seu papel mais importante nesses últimos 30 anos e, ao insistir, as coisas tendem a melhorar nesse assunto tão grave.
Waldir Guerra *
* Membro da ADL, Academia Douradense de Letras; foi vereador,
secretário do Estado e deputado federal.
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