O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cresceu para 51,4% das intenções de voto, conseguiu votos válidos superiores ao que teve no segundo turno de 2002 e tem o menor nível de rejeição desde 2005. É o que aponta a pesquisa de opinião feita pelo Instituto Sensus para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), realizada entre 22 e 25 deste mês com 2 mil pessoas.Se as eleições fossem hoje, Lula ganharia no primeiro turno, com 51,4% da preferência do eleitorado na pesquisa estimulada. No começo do mês, ele possuía 47,9% das intenções de voto. Seu adversário mais próximo, Geraldo Alckmin (PSDB), ficou estável - obteve 19,6% ante 19,7% do levantamento anterior, feito nos dias 1º e 4 de agosto.A candidata Heloisa Helena, do PSOL, caiu, de 9,3% para 8,6% da preferência. O concorrente do PDT, Cristovam Buarque, por sua vez, verificou progresso - saiu de 0,6% para 1,6%. De acordo com o diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes, com esses percentuais menos os votos brancos, nulos e indecisos (17,7%) chegam-se aos votos válidos. Nesse critério, Lula teria 62,3% e Alckmin, 23,8%. No segundo turno de 2002, quando Lula concorreu com o tucano José Serra, o petista obteve 61,3% dos votos válidos.O levantamento da CNT/Sensus, que tem margem de erro de 3 pontos percentuais, também mostrou queda no nível de rejeição de Lula - de 27% no início de agosto para 25,5% agora. É o menor percentual de rejeição desde o começo da rodada de pesquisas para as eleições de outubro, em 2005, disse Guedes. Alckmin teve o nível de rejeição elevado, de 37,6% para 42%. Heloisa Helena passou de 41,7% para 50,1% e Cristovam Buarque, de 45,1% para 57,2%. Guedes lembra que quem tem rejeição acima de 40% "está fora do jogo político".