O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) deixou nesta terça-feira (12) a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da JBS após o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) ser escolhido relator dos trabalhos da CPMI.
Marun integra a chamada "tropa de choque" do presidente Michel Temer no Congresso Nacional e, na avaliação de Ferraço, a escolha de um aliado de Temer para a relatoria mostra ser "evidente" que a CPI terá investigação "parcial".
"As evidências são de que essa CPI não quer investigar coisa alguma. Essa CPI quer fazer acerto de contas. Existem crimes gravíssimos que precisam ser investigados com firmeza, rigor, mas com imparcialidade e isenção. Na medida que você coloca chefe de tropa de choque para fazer isso ou aquilo, fica evidente que essa será uma investigação parcial e eu não participo disse, por isso pedi o afastamento", disse Ferraço ao explicar a decisão.
A CPMI foi instalada na semana passada e terá como foco investigações sobre empréstimos obtidos pelo grupo J&F, que controla a JBS, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O que diz Marun
Marun disse não se sentir constrangido em ser o relator da CPMI pelo fato de ser aliado de Michel Temer.
O presidente passou a ser investigado no Supremo Tribunal Federal após os delatores da J&F entregarem informações sobre ele ao Ministério Público Federal - Temer nega todas as acusações.
A jornalistas, Marun afirmou não querer a "espetacularização" da CPI nem a transformação dos trabalhos da comissão em "palanque eleitoral".
"Se a minha nomeação como relator gerou descontentamento, espero que minha atuação não produza descontentamento. A atitude do senador Ferraço é uma atitude tão baixa. O senador Ferraço não me conhece como eu não o conheço. Eu gostaria de saber qual é a atitude que eu tomei fora da legalidade, fora da retidão [...] Se for por questão de honestidade, eu posso dar aula ao senador Ferraço", disse.
"Ele [Ferraço] pode ser no máximo tão honesto quanto eu. Mais honesto que eu ele não é. Sua atitude é indigna de quem se diz democrata [...]. Esse tipo de gente acaba não fazendo falta em uma CPI na qual é exigida coragem", acrescentou.
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