Com falta de leitos nas UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) nos hospitais, a Prefeitura de Campo Grande teve que recorrer a compra de vagas em instituições privadas, porém, sem sucesso. Há ação proposta pelo Ministério Público tramitando desde setembro do ano passado na Justiça para obrigar o município a ampliar o número de leitos, mas a situação não mudou de lá para cá.
De acordo com o Correio do Estado, No último final de semana, por exemplo, quando o sistema de regulação não conseguiu garantir o encaminhamento de vários pacientes aos hospitais conveniados ao SUS, foram feitas várias tentativas de comprar vagas nos hospitais privados que também alegam superlotação.
Hoje a rede hospitalar conveniada ao SUS na Capital dispõe de 97 leitos de UTI na Santa Casa; 10 de adulto e 15 pediatria na Santa Casa, além de 20 vagas no Hospital Regional, onde há espaço para oferta de mais 40. “A superlotação destes leitos é sazonal. Nos períodos de mudança brusca de temperatura, o problema aparece, porque crescem as doenças respiratórias entre idosos e crianças”, comenta o coordenador de Urgência e Emergência da Sesau, Frederico Garlipp.
Justiça
A ação teve como base documentos, com relatórios das vistorias do MPE, do Conselho Regional de Medicina, com petições iniciais de leitos individuais, reportagens da imprensa, entre outros. “O ideal para Campo Grande é ter 253 leitos de UTI. Fizemos um levantamento de que faltam 81 leitos de UTI e 816 leitos de todas as especialidades. Pedimos que dentro de um ano o município e o Estado consigam essa meta”, explicou a promotora Filomena Aparecida Depólito Fluminhan.