quarta, 15 de janeiro de 2025
Dourados
23ºC
Acompanhe-nos
(67) 99257-3397

MS vive surto de dengue e coloca 8 cidades em estado de alerta

20 janeiro 2010 - 08h13

Com 1.538 casos notificados nos primeiros 15 dias de 2010, Campo Grande vive uma nova epidemia de dengue. Até o momento, oito pessoas estão com suspeita da doença do tipo hemorrágico. Os municípios de Pedro Gomes, Jardim, Corguinho, Nioaque, Sonora, Nova Alvorada do Sul e Porto Murtinho também estão sob alerta devido ao grande número de notificações registradas nas duas primeiras semanas deste ano. Junto de Campo Grande, essas cidades somam 1.814 notificações. Oficialmente, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) não confirma nenhum caso como positivo, pois os relatórios só são concluídos ao fim do mês.

No ano passado, em todo o mês de janeiro, Mato Grosso do Sul registrou 390 notificações. Além desses municípios sob surto, as cidades de Bodoquena, Guia Lopes da Laguna, Rio Brilhante, Ladário, Anastácio e Aquidauana, que estiveram sob alerta até o mês de dezembro, não registraram aumento nas notificações e, por isso, não aparecem em comunicado emitido nesta semana pela SES. Até o fim de 2009, o município com maior incidência de casos foi Pedro Gomes, com 6.269 casos a cada 100 mil habitantes.

Na capital Campo Grande, o relatório epidemiológico das duas primeiras semanas de 2010 aponta 1.538 notificações, o equivalente a uma média de 102 casos suspeitos por dia. No ano passado, durante todo o mês de janeiro foram 149 notificações e 18 confirmações, duas delas em formas hemorrágicas.

A médica infectologista Priscilla Alexandrino de Oliveira, do Hospital Universitário, ligado à UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), avalia que essa nova epidemia em Campo Grande coloca sob risco, principalmente, jovem na faixa dos 20 anos. Isso porque o vírus em circulação é do tipo 1, o mesmo que circulou na cidade durante uma epidemia na década de 1990. A imunidade para esse tipo de vírus, portanto, é mais comum em pessoas mais velhas.

"Uma vez que a pessoa teve dengue, ela fica imunizada para o tipo de dengue que pegou. Em 2007, a epidemia foi do tipo 3 e a população inteira ficou imune a esse tipo específico", explica.

Apesar do aumento de mais de 350% nos casos suspeitos logo no início do ano, a médica avalia ainda que o pico de registros deve ocorrer ainda no início de fevereiro e só começará a cair no período de seca.

O verão é o período mais propício para a reprodução do mosquito Aedes aegypti. "Chove todo dia, o índice de infestação está alto e tem muito vetor se reproduzindo", afirma Oliveira. Ela ressalta ainda que o trabalho de combate à dengue deve ser contínuo e deve aliar questões como saneamento básico, processamento de lixo e conscientização da população.

Na semana passada, entre os dias 13 e 15 de janeiro, consultores do Ministério da Saúde estiveram em Campo Grande, onde se reuniram com os gestores de controle epidemiológico do Estado e da capital. Na ocasião, além de avaliar o avanço dos números de confirmações e notificações, os consultores conheceram as estratégias locais de combate à doença.

Segundo a diretora do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) de Campo Grande, Julia Maksoud, o protocolo de combate à dengue vem sendo seguido e prevê o envolvimento de todos os segmentos da sociedade e do poder público, como secretarias de Educação, Infraestrutura e Assistência Social. O coordenador municipal de Controle de Vetores do CCZ, Alcides Ferreira, afirmou por meio da assessoria de imprensa, que o trabalho de combate à doença vem sendo reforçado, especialmente nas regiões com maior concentração de casos da doença, como os bairros Tarumã e Coophavilla.

A Secretaria de Saúde está realizando mutirões de limpeza e a realização de campanhas educativas. O principal desafio é conscientizar a população para a importância de eliminar qualquer tipo de água parada, ambiente ideal para o desenvolvimento do mosquito transmissor da dengue.

Em nota oficial divulgada nesta semana, o diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Eugenio de Barros, afirma que "todos os municípios estão agindo para conter a dissipação da doença". "As visitas domiciliares dos agentes foram intensificadas, os carros 'fumacê' estão nas ruas, mas com este período chuvoso é necessária muita colaboração das pessoas", diz. Os sintomas mais comuns da doença são febre alta, dor no corpo, cansaço e dor nas articulações.

Deixe seu Comentário

Leia Também

Suspeito de tráfico de drogas é preso no Jardim Pantanal
DOURADOS

Suspeito de tráfico de drogas é preso no Jardim Pantanal

INTERNACIONAL

Brasil celebra cessar-fogo e defende ajuda humanitária em Gaza

NHÁNHÁ

Rapaz morto na Capital com facada no pescoço tinha 22 anos

MEMES

Banco Central ironiza nas redes fake news sobre taxação do PIX

ALPHAVILLE

Preso pelo Gaeco é réu por assassinato em festa de Carnaval

ECONOMIA

Contas do governo têm déficit de R$ 4,5 bilhões em novembro

IVINHEMA

Carro com bebê a bordo tem roda e porta arrancadas por caminhão

BRASIL

Nova PEC da Segurança reforça autonomia de governadores

REGIÃO 

Homem vai à polícia após ter cheque adulterado para R$ 7 mil

CORUMBÁ

Recadastramento obrigatório de servidor começa nesta quarta-feira

Mais Lidas

DOURADOS

Azul deve ser primeira a operar em Dourados após homologação da pista do Aeroporto

FRONTEIRA

Irmãos são encontrados mortos às margens de estrada vicinal

LEI SANCIONADA

Parque dos Ipês ganha novo nome para homenagear primeiro arquiteto de Dourados

DOURADOS

Motorista envolvido em acidente fatal se apresenta à polícia, é ouvido e liberado