Mato Grosso do Sul, em 2017, registrou aumento de 45% no número de doadores de órgãos em comparação com o ano anterior, conforme dados da Central Estadual de Transplantes (CET). Em 2017, só até o mês de agosto, foram 29 doadores de órgãos registrados, contra 20 no ano inteiro de 2016.
O aumento significativo se deve a diversas motivações, entre elas treinamento e qualificação de equipes multidisciplinares, manutenção de órgãos e equipes mais envolvidas com a doação, como explicou a coordenadora da Organização de Procura de Órgãos (OPO), Ana Paula Silva das Neves.
Nos últimos três anos, a doação cresceu em Mato Grosso do Sul, contudo, ainda existem grandes desafios a serem vencidos. “Falar sobre o assunto ainda é a principal forma de resolver a questão. Deixar a família avisada sobre a sua vontade é a única coisa necessária e isso é um grande desafio”, afirma a coordenadora OPO.
No Dia do Doador de Órgãos (27), mais de 100 profissionais da área de saúde, entre médicos, enfermeiros, psicólogos e técnicos em enfermagem, participaram do workshop “A Comunicação Consciente- Atitudes e Resultados”, realizado pela Santa Casa, por meio da OPO, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Central de Transplante. O evento detalhou temas importantes para o bom funcionamento do processo de doação/transplantes.
“Eventos como esse são de extrema importância para os profissionais que estão envolvidos com a doação. A humanização e o acolhimento familiar são decisivos para a doação de órgãos. Essa data também é um dia importante para lembrar que esse assunto deve ser discutido em família. Ninguém gosta de falar de morte, mas é a única coisa certa, e a doação pode salvar vidas”, ressaltou a coordenadora da CET, Claire Miozzo.
Os profissionais receberam orientação sobre acolhimento familiar e humanização por meio de palestras com temas diversos como: “Comunicação Assertiva”, “Percepção e Empatia”, “Processo Comunicacional”, “O que fazer e o que não fazer em momentos que envolvam alto grau de emoção”, entre outros.
Doação
Em Mato Grosso do Sul são feitos transplantes de rim, tecido musculoesquelético e córnea, sendo córnea o mais realizado. Além dos 29 doadores de órgãos – que são pacientes que tiveram morte encefálica -, foram registrados também 200 doadores de córnea no Estado.
“O paciente que teve morte encefálica, que está em ambiente hospitalar, em UTI, pode doar os órgãos e tecidos (córnea). Mas o indivíduo que tem parada respiratória, quando os órgãos param de funcionar, só pode fazer a doação de tecidos, já que estes não precisam de vascularização para funcionar”, explicou Claire.
”A Central de Transplantes tem muitos desafios, um deles é autorizar mais equipes e estabelecimentos de saúde para realizar transplantes de órgãos. Realizamos um trabalho constante de divulgação sobre a importância da doação de órgãos para transplantes, promovendo palestras e distribuição de materiais informativos em diversos segmentos da sociedade”, completa a coordenadora Claire Miozzo.
Para se tornar um doador de órgãos é necessário informar a família, sendo a mesma responsável pela autorização da doação mediante duas testemunhas.
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