O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul ajuizou denúncia contra seis pessoas envolvidas em esquema de falsificação de documentos, incluindo uma analista judiciária lotada na 4ª Vara CÃvel do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS).
As fraudes que baseiam a denúncia aconteceram entre março de 2014 e junho de 2015 a partir de um cartório de Areado, distrito de São Gabriel do Oeste, e resultaram na emissão de certidões de nascimento falsas, para que estrangeiros se passassem por brasileiros.
Uma famÃlia de descendência palestina desembolsou R$ 57,7 mil para obter quatro certidões de nascimento e um certificado de reservista falsificados junto ao marido da analista judiciária do TJ/MS, apontado como lÃder da organização criminosa. Segundo investigação, a intenção da famÃlia palestina era obter passaporte brasileiro para viajar para a Europa.
Em setembro de 2014, um dos integrantes da famÃlia foi detido em flagrante no setor de imigração da Delegacia da PolÃcia Federal em Ponta Porã, utilizando documentos (certidão de nascimento, RG, CPF, tÃtulo de eleitor e certificado de reservista) falsificados para emissão do passaporte.
A quadrilha chefiada pelo marido da analista judiciária era composta por ela - titular da conta bancária que recebia os valores decorrentes das falsificações, e mais quatro pessoas, incluindo um funcionário do Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais do Distrito de Areado, filho do tabelião titular. Segundo o MPF, todos os denunciados associaram-se para o fim especÃfico de cometer crimes de falsidade ideológica e falsificação de documento público, incorrendo no crime de associação criminosa.
"A certidão de nascimento apreendida possui suporte autêntico. Nela foi inserida a informação falsa de que o palestino teria nascido em Campo Grande quando, na verdade, ele nasceu em Pequim, na China, tendo nacionalidade palestina, conforme cédula de identidade de estrangeiro". A partir das certidões de nascimento falsificadas, os envolvidos se dirigiam a outros órgãos públicos, como Secretaria de Segurança Pública, Receita Federal e Justiça Eleitoral e obtinham os demais documentos, como RG, CPF e tÃtulo de eleitor falsos.
Números
Até o ano de 2011, a média de atos notariais praticados no Cartório do Distrito de Areado era de 44 atos por semestre. A partir de 2012 (ano em que possivelmente as fraudes começaram), a média aumentou para 273 atos, o que representa um acréscimo de 520%. Já a analista judiciária do TJ/MS movimentava valores elevados incompatÃveis com os vencimentos recebidos por ela. Entre os meses de fevereiro e setembro de 2014, a denunciada movimentou R$ 216,8 mil.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Novo edital do CAU/MS disponibiliza R$ 60 mil para capacitação em Dourados e na capital

Sorteio de Mercedes-Benz entre doadores do Hospital de Amor acontece hoje

Peixes Nativos
Representantes do Ministério dos Povos IndÃgenas farão parte de roda de conversa na UFGD
BRASILFeirão Limpa Nome: negociação de dÃvidas pode ser feita nos Correios até dia 31

Sicredi Centro-Sul coloca agência móvel para atendimento aos associados na ExpoCanas

PolÃcia encontra cocaÃna em fundo falso de veÃculo
Foragido do sistema prisional da Capital é capturado no interior

Acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo se encantam com processo de fabricação

Mulher é presa ao fazer transferências falsas para pagamento de compras
Mais Lidas

Homem foi executado na frente da esposa e do filho na fronteira

Defensoria Pública de MS abre inscrições para analista, psicólogo e assistente social

Inscrições para processo seletivo do MPF seguem abertas até dia 30
