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REMÉDIO INEFICAZ

Ivermectina não reduz internações por Covid-19, aponta estudo

30 março 2022 - 21h20Por G 1

Um estudo publicado nesta quarta-feira, dia 30 de março, no New England Journal of Medicine constatou que a ivermectina, fármaco utilizado para doenças parasitárias, não reduziu o risco de hospitalização por Covid-19.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram 1.358 pacientes com risco de doença grave em 12 centros de saúde do estado de Minas Gerais.

Segundo eles, o estudo mostrou que não houve diferenças nos resultados entre os pacientes que receberam a ivermectina para o grupo que recebeu placebo (substâncias que não contém ingredientes ativos).

"As evidências que apoiam o papel da ivermectina no tratamento do Covid-19 são inconsistentes", disseram os autores da publicação.

Vários estudos feitos ao longo da pandemia já apontavam que o remédio, usado para tratar vermes e parasitas, não funcionava contra a Covid-19. O remédio tem sido motivo de polêmica no Brasil desde 2020, por causa do "kit Covid" – um combo de medicamentos sem eficácia contra a doença que, mesmo assim, têm sido promovidos para tratá-la.

“Não há indicação de que a ivermectina é clinicamente útil”, disse Edward Mills, um dos principais pesquisadores desse novo estudo e professor de ciências da saúde na Universidade McMaster, do Canadá.

Como foi feita a pesquisa?

Um total de 10.467 pacientes ambulatoriais foram selecionados inicialmente para serem incluídos no estudo.

Os pesquisadores verificaram se os participantes do estudo não tinham histórico de uso de ivermectina para o tratamento de Covid-19 por meio de uma extensa triagem.

Assim, desse número inicial, 1.358 pacientes foram aleatoriamente designados para receber ivermectina (679 pacientes) ou placebo (679 pacientes). Outros 2.157 pacientes foram aleatoriamente designados para outros grupos de intervenção.

Pacientes assintomáticos que testaram positivo para o SARS-CoV-2 não entraram na conta. Apenas pacientes que tiveram diagnóstico confirmado de Covid-19 e menos de 7 dias de sintomas foram incluídos na pesquisa.

Essas pessoas, que tinham uma idade média de 49 anos, foram então monitorados e os pesquisadores analisaram se: a ivermectina limpou o vírus do corpo mais rapidamente; se os sintomas sumiram mais cedo; se estavam em hospitais ou ventiladores por menos tempo; e se havia alguma diferença nas taxas de mortalidade para os dois grupos.

Eles ainda analisaram três cenários:

Dados de todos os pacientes

Pacientes que receberam ivermectina ou placebo 24 horas antes de serem hospitalizados

Dados de paciente que disseram ter aderido estritamente ao seu cronograma de dosagem

Em todos os cenários, os pesquisadores descobriram que a ivermectina NÃO melhorou os resultados dos pacientes.

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