A família do caseiro Jorge Ávalo, planeja acionar a Justiça contra o pesqueiro onde ele trabalhava, localizado a 150 km da cidade de Miranda, na região do Pantanal. Nesta quinta-feira, dia 24 de abril, o advogado João Pequim, que representa um dos familiares, informou que, no momento, estão sendo reunidas informações sobre o caso.
Segundo o site Campo Grande News, Jorge morreu na última segunda-feira (21) após ser atacado por uma onça-pintada. Os restos mortais do funcionário do Pesqueiro Touro Morto foram encontrados pela PMA (Polícia Militar Ambiental) a aproximadamente 280 metros do local, na terça-feira (22).
Inicialmente, a família pretende processar o pesqueiro por acidente de trabalho. Além disso, o advogado comenta que está sendo analisada a possibilidade de precarização do trabalho. “Estão colhendo as informações entre eles. A informação que tem até agora é que era precária [a condição], não tinha luz, segurança”, diz.
Jorge trabalhava no local há pelo menos 20 anos, com carteira assinada. No entanto, segundo o advogado, ele “estava 24 horas à disposição”, prática que não é respaldada pelas leis trabalhistas. Sem entrar em mais detalhes, por conta da coleta de informações, João não descarta a possibilidade de pedir pensão vitalícia para a viúva do caseiro.
Entenda o caso
Jorge Ávalo foi atacado por onça-pintada nas primeiras horas da segunda-feira (21). A denúncia foi feita por um guia de pesca local, que havia se dirigido ao rancho para adquirir mel com o caseiro. Ao estranhar sua ausência, encontrou vestígios de sangue e pegadas de animal silvestre de grande porte nas proximidades.
As imagens foram enviadas à PMA e também circularam nas redes sociais. Verificou-se que a propriedade contava com sistema de câmeras de segurança, porém os equipamentos não estavam em funcionamento no momento do ocorrido. Equipes da PMA de Corumbá, Miranda e Aquidauana seguiram até o local, acessível apenas por embarcação – com trajeto de cerca de duas horas a partir do porto de Miranda – ou por aeronave. No local, os policiais encontraram os vestígios e acionaram o GPA (Grupamento Aéreo da Polícia Militar) e a Polícia Civil, que transportaram o delegado e o perito criminal até o pesqueiro.
A onça responsável pelo araque, um macho adulto, foi capturado nesta quinta-feira (24). O animal foi trazido para o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande onde será avaliado por uma equipe. A onça passará por exames clínicos e comportamentais. Confirmado o envolvimento no ataque, ela poderá ser transferida para um dos centros credenciados pelo programa federal de manutenção de animais silvestres que se envolveram em incidentes com humanos.
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