Carolyn Conrad e Kathleen Peterson, responsáveis pela primeira união civil de duas pessoas do mesmo sexo, se divorciaram esta semana. Conrad, de 35 anos, e Peterson, de 46, oficializaram seu relacionamento pouco após a entrada em vigor, em 1 de julho de 2000, da primeira lei que permitiu a união civil entre homossexuais, em Vermont, nos Estados Unidos.A cerimônia foi celebrada em todo o país como um marco na luta dos homossexuais para obter equiparação legal aos direitos adquiridos pelos casais heterossexuais no casamento."É uma situação muito dolorosa para qualquer casal", disse ontem Conrad. "A união civil foi motivo de um grande orgulho para mim, mas agora já não existe mais", disse Peterson.Em seu pedido de divórcio, Conrad afirmou que Peterson havia se tornado violenta, ao ponto de quebrar uma parede com um soco durante uma discussão, e havia ameaçado agredir uma de suas amigas.Peterson foi proibida pela Justiça de se aproximar de Conrad. Entre o dia 1 de julho de 2000 e o fim de 2004, o Escritório de Registro Civil do Estado de Vermont havia documentado a união civil de 7.549 casais, dos quais 78 se divorciaram. Em muitos casos, casais de outras partes do país viajam para Vermont para obter o reconhecimento legal de sua união.Apenas 15 % dessas uniões são de residentes do estado de Vermont. Os documentos também mostram que mais de dois terços dos casais de homossexuais que solicitaram a união civil são mulheres.Bari Shamus, uma das fundadoras do Grupo Liberdade de Casamento em Vermont, disse que a separação não deveria surpreender a população, pois "os casais homossexuais têm os mesmos problemas de relacionamento que os casais heterossexuais"."Nossas relações não são melhores que as dos casais heterossexuais. Todos temos problemas semelhantes", afirmou.