Carandiru, de Hector Babenco, foi escolhido para representar o Brasil com uma indicação de melhor filme estrangeiro na premiação do Oscar 2004. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, pelo secretário para o Desenvolvimento das Artes Audiovisuais, do Ministério da Cultura, Orlando Senna, que preside uma comissão formada por especialistas em cinema, composta por João Januário Guedes (PA), Adhemar Oliveira (SP), Ivana Bentes (RJ), Paulo Roberto Ribeiro (BA), Roberto Farias (RJ), Ismail Xavier (SP) e Monica Schmidt (RS). Segundo Roberto Faria, foram levados em conta os seguintes fatores para a escolha de Carandiru: número de espectadores, os profissionais envolvidos e a qualidade de carreira. A indicação ainda não garante a vaga do Brasil no Oscar de 2004. A produção vai concorrer com os filmes indicados por outros países. O filme será apresentado à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para avaliação e, se for indicado, pode render ao Brasil o primeiro Oscar. Ontem, a Espanha anunciou três filmes que estão pré-selecionados: Al Sur de Granada, de Fernando Colomo; Hotel Danubio, de Antonio Giménez-Rico; e Soldados de Salamina, de David Trueba. No dia 1º de outubro ocorre outra votação para escolher o finalista. Carandiru disputou a indicação brasileira com Desmundo, de Alain Fresnot; O Homem que Copiava, de Jorge Furtado; Deus é Brasileiro, de Cacá Diegues; Lara, de Ana Maria Magalhães; Durval Discos, de Ana Muylaert; Dois Perdidos numa Noite Suja, de José Joffily; Capital do Medo, de Manoel Carlos; e Caminho das Nuvens, de Vicente Amorim. A premiação da 76ª edição do Oscar acontecerá em fevereiro. No ano passado, Cidade de Deus, de Fernando Meirelles e co-dirigido por Kátia Lund, foi o filme brasileiro escolhido para disputar uma das cinco indicações ao prêmio de melhor filme estrangeiro, mas ficou fora da competição. Se eleito, Carandiru será o quinto filme brasileiro a entrar na corrida pelo Oscar. O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, foi o primeiro deles, indicado em 1962. Em 1994, ano considerado o marco da retomada do cinema nacional, a família Barreto emplacou duas indicações: O Quatrilho, de Fábio, em 1995; e O que é Isso, Companheiro?, de Bruno, em 1997. Em 1998, o Brasil teve mais chances de levar o prêmio. Central do Brasil, de Walter Salles, entrou na disputa como favorito e também foi indicado a uma categoria inédita para o Brasil: a de melhor atriz, para Fernanda Montenegro. O filme acabou sendo derrotado por A Vida é Bela, do diretor italiano Roberto Benigni, e Fernanda perdeu o consagrado prêmio para Gwyneth Paltrow.
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