De 17 de agosto a 17 de novembro a Secretaria de Estado de Saúde (SES) promove a Campanha de Vacinação Anti-rábica Canina e Felina de Mato Grosso do Sul. Contudo, o “Dia D” da campanha será em 26 de setembro.
As ações a serem executadas em cada um dos 78 municípios do Estado são de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde; caberá à SES a orientação, monitoramento e suporte no que as secretaria tiverem necessidade.
As vacinas para imunização já chegaram ao Estado e estão sendo retiradas pelos municípios. O principal objetivo da campanha é manter em “zero” o número de casos de raiva humana em Mato Grosso do Sul. Além disso, os trabalhos visam:
controlar e eliminar os casos de raiva canina e felina no Estado;
desenvolver ações de controle e prevenção da raiva animal juntamente com o Paraguai e a Bolívia, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal na fronteira;
supervisionar as ações de vacinação in lócus;
capacitar as equipes de saúde.
A estimativa da população canina no Estado é de 456.765 e a felina chega a 95.007 animais. A meta de vacinação estabelecida pelo Ministério da Saúde é vacinar, no mínimo, 80% dos cães e gatos em todos os estados brasileiros. O último registro de caso de raiva humana em Mato Grosso do Sul foi em 1994, contudo, a vacinação dos animais é essencial, pois ainda existe circulação do vírus que provoca a doença.
Desde 2007 foi firmado um termo de cooperação mútua entre Brasil e Bolívia – especificamente devido à fronteira de Mato Grosso do Sul com a Província de German Busch – no qual técnicos da Organização Panamericana de Saúde participam como interlocutores com os técnicos dos Ministérios da Saúde dos dois países, da SES, do Departamento de Santa Cruz e dos municípios de Corumbá e da Província de German Busch nos aspectos para vigilância, prevenção e controle da raiva na fronteira.
No dia 5 de agosto, o Governo do Estado, por meio da SES, publicou no Diário Oficial do Estado os valores da campanha antirrábica deste ano: do total de R$ 166.541,51, o Estado vai investir R$ 136.938,04.
A Raiva
A Encefalite Viral Aguda, mais conhecida como “Raiva” é transmitida por mamíferos, que apresenta dois ciclos principais de transmissão: urbano e silvestre. O vírus rábico pertence ao gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae.
O vírus penetra no organismo, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central. A partir daí, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também se replica e é eliminado pela saliva das pessoas ou dos animais enfermos. Qualquer mamífero pode adquirir a doença.
No Brasil a raiva vem reduzindo significativamente nos últimos seis anos, porém alguns municípios ainda apresentam raiva canina em centros urbanos. Para o controle efetivo é necessário realizar bloqueios de foco (em até, no máximo, 72 horas), manter altas coberturas vacinais caninas, retirar animais de rua, realizar o censo canino, educação em saúde, profilaxia adequada em tempo oportuno e garantir realização do esquema de vacinação completo.
A população precisa ficar atenta da necessidade de procurar assistência médica, mesmo em situações aparentemente não graves, tais como arranhaduras e lambeduras feitas por algum animal. Também é recomendado tratamento profilático antirrábico, com aplicação de soro e vacina – os quais estão disponibilizados na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) –, gratuitamente, quando qualquer pessoa é agredida por espécie silvestre (ex: morcegos, raposa e sagüis).
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