O governador Zeca do PT deve ir a Brasília quarta-feira para série de reuniões internas e encontros fechados. Na semana passada o governador esteve em Brasília para encaminhar questões de interesse do Estado em audiências ministeriais também em caráter reservado.Fontes palacianas, no entanto, não confirmam e nem desmentem a agenda confidencial. Segundo as mesmas fontes, a agenda do governador nesta semana prevê apenas despachos internos.Nesta segunda-feira o governador já se reuniu com os secretários que integram o comitê da crise e deve definir o desligamento de servidores comissionados remanescentes da cota do PDT. Na reunião com o comitê, concluiu-se que o governo já superou a pior fase da crise, graças às medidas de contenção de gastos e contingenciamento do orçamento.O governador definiu a saída do PDT do governo, mas acatou a permanência do PL, que apesar de coligar com o PMDB nas eleições deste ano, não faz oposição à administração petista. Ao confirmar a permanência do PL no governo, Zeca lembrou justamente o nível de disputa e a correlação de forças. Segundo ele, não há razão de romper a aliança com o PL se o partido não disputa a Presidência, não concorre a sucessão estadual e nem tem candidato a deputado federal. Nesse sentido, até dezembro ficam no governo os secretário Mathias Gonsales, da Saúde, e Carlinhos Cantor, da Juventude, Esporte e Lazer. Quanto ao PDT, a saída do governo já foi tratada pelo governador com a direção regional do partido. Hoje o PDT tem servidores espalhados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública, que estava com o PDT e atualmente é dirigida pelo chefe da Casa Civil, Raufi Marques, e na Secretaria da Produção e do Turismo, ocupada por Wilson Roberto Gonçalves.Para o governador Zeca, a disputa eleitoral pode se desenrolar sem prejuízo à base de sustentação política do governo na Assembléia Legislativa. O apoio na Assembléia Legislativa foi reafirmado pelo presidente da Casa, deputado Londres Machado, que também dirige o PL. “Fizemos uma aliança de apoio ao governo e ela termina em 31 de dezembro”, disse. Segundo Londres, o apoio na Assembléia será dado em forma de votação em projetos de interesse do governo.