Sete de oito times espaçados pela diferença de uma simples vitória na primeira fase. Equipes parecidas, com poucos destaques individuais, que marcam quase a mesma quantidade de gols.Esse é o cenário que volta a campo nesta sexta-feira com a abertura da segunda fase da Série B do Brasileiro, em sua edição mais equilibrada nos últimos anos.Depois que deixou de ser regionalizado, em 1999, o torneio de 2005 marca a primeira vez em que há uma diferença menor que dez pontos entre o primeiro e o décimo colocados na fase inicial.A diferença média de pontos de um clube classificado para outro é cada vez menor. Em 1999, cada um deles tinha "distância" média de três pontos para o seguinte. Em 2002, esse número já tinha caído para 2. Um ano depois, era de 1,7. A deste ano é a menor de todas desde a adoção do sistema não-regionalizado de disputa: 1,3. "A competitividade é grande. Os times são muitos parecidos, embora cada um tenha uma referência diferente, um ponto forte. Mas em todos predomina aquele tipo de jogador de raça, de vontade", diz Luiz Carlos Ferreira, técnico do Guarani, um dos dois campeões da Série A que ainda alentam o sonho de voltar à elite em 2006 --o outro é o Grêmio, que hoje pega o Santo André. Também hoje, o Avaí recebe o Santa Cruz.Segundo esses critérios, a Série B, recentemente, tem sido mais equilibrada que a elite do futebol nacional. A maior exceção ocorre justamente no caso deste ano, em que a diferença média entre cada um dos oito primeiros da Série A é atualmente de apenas 1,14. A forma de disputa, no entanto, é outra, com pontos corridos em dois turnos. "As equipes são parelhas, e os grupos, bem equilibrados. Não há favoritismo para ninguém", diz Wladimir Araújo, técnico do Marília, time que chegou ao final da primeira fase na vice-liderança (o Santa Cruz foi o melhor). Embora exista diferença na tradição dos times, para alguns treinadores da Série B a realidade do campeonato faz com que os times tenham de mudar toda sua estrutura. "Aconteceu no Palmeiras, em 2003, e no Grêmio e no Guarani, neste ano. A folha [de pagamento] tem que ser diminuída, do contrário fica difícil para administrar. Há um respeito com a camisa de mais tradição, mas ninguém mais apita olhando para a camisa", afirma Luiz Carlos Ferreira. O técnico Giba, da Portuguesa, concorda com o colega: "O importante aqui é a força do grupo, a disposição e a determinação em campo. Só isso ganha. Chegamos no tudo ou nada, e agora cada jogo é uma decisão". Das equipes classificadas à segunda fase do torneio, apenas três tiveram trocas de treinador. Mano Menezes (Grêmio), Giba (Portuguesa), Givanildo Oliveira (Santa Cruz), Sérgio Soares (Santo André) e Roberto Cavallo (Náutico) iniciaram o campeonato. Já o Guarani trocou José Carlos Serrão por Ferreira, enquanto que o Avaí demitiu José Galli Neto para contratar Márcio Araújo. O Marília apostou em outro Araújo, o estreante Wladimir, para chegar à vice-liderança.Dois times vão subir para a elite. A partir de 2006, serão quatro.
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