A PGE (Procuradoria-Geral Eleitoral) se manifestou a favor da cassação da chapa do governador Cláudio Castro (PL) e do vice, Thiago Pampolha (MDB). O pedido foi feito nesta quarta-feira, dia 06 de novembro, pelo vice-procurador-geral Alexandre Espinosa ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O documento também requer a cassação do mandato do deputado e presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Rodrigo Bacellar (União).
A manifestação denuncia abuso de poder político e econômico, citando provas do escândalo do Ceperj, que envolveu a contratação irregular de 27 mil servidores antes das eleições (entenda abaixo).
Em maio, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) absolveu os três. O Ministério Público Eleitoral, então, recorreu e levou o caso para a esfera federal. Agora, a Procuradoria-Geral Eleitoral analisou o caso e enviou o parecer ao Tribunal Superior Eleitoral, que julgará o caso.
O que dizem os citados
O governador Cláudio Castro afirmou que se mantém tranquilo e confiante na Justiça, já que o recurso diz respeito a um caso já decidido pelo TRE a seu favor, devido à total inconsistência das acusações e falta de provas.
Rodrigo Bacellar também disse que segue confiante na Justiça e destaca que a decisão favorável no TRE se deu de acordo com a realidade dos fatos.
O vice, Thiago Pampolha, nega qualquer irregularidade.
Desvios no Ceperj e na Uerj
Em dezembro de 2022, a Procuradoria Eleitoral entrou com uma ação contra o governador Cláudio Castro (PL) e mais 11 pessoas por abuso de poder político e econômico através de desvios na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Segundo os procuradores, os desvios no Ceperj aconteciam por meio de projetos como Esporte Presente, Casa do Trabalhador, RJ para Todos e Cultura para Todos; e na Uerj, por projetos como o Observatório Social da Operação Segurança Presente.
O Ceperj foi alvo de uma série de denúncias de pagamentos irregulares através do órgão. Segundo o MP, funcionários sacaram mais de R$ 220 milhões em espécie na boca do caixa.
A “folha de pagamento secreta”, como ficou conhecido o esquema, contava com 27 mil cargos temporários no Ceperj e 18 mil nomes na Uerj.