A Polícia Federal em Ponta Porã não irá investigar a morte do índio Luis da Silva, de 25 anos, na quinta-feira passada, em território paraguaio, em região de fronteira com o município de Antônio João. O corpo do rapaz, morto a facadas, foi sepultado na sexta-feira, em área de ocupação indígena na fazenda Conquista. A Polícia Nacional Paraguai está conduzindo a investigação e a Federal só entrará no caso se a apuração apontar algum desdobramento em território brasileiro.Silva era morador da ocupação, chamada de Nhande-Ru-Marangatu. O corpo dele foi encontrado junto com outro índio paraguaio não identificado, também esfaqueado, que está internado em Pedro Juan Cavallero. A informação inicial, divulgada no final da semana passada era de que ele também teria morrido. Há uma versão de que eles teriam sido atacados quando tentavam furtar gado.O dono da fazenda Fronteira, onde está a ocupação indígena, Pio Queiroz Silva, irmão do prefeito de Antônio João, Dácio Queiroz, chegou a entrar com pedido à juíza federal em Dourados, Luciana Merchieri Bezerra, para tentar impedir o sepultamento.O corpo estava em uma região próxima à fazenda. Atrás dela corre o rio Estrela, que é o ponto de fronteira. No lado paraguaio há aldeia Pissiri, cujos índios têm ascendentes em comum com os do lado brasileiro. O delegado da Polícia Federal em Ponta Porã, Florisvaldo Neves, explica que para os índios não há distinção de território, eles transitam livremente nos dois lados. A fazenda fronteira é tida como um ponto crítico. Uma parte foi demarcada como indígena, mas há contestação judicial, não havendo decisão sobre o caso.
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