A Polícia Civil de São Paulo, indiciou seis pessoas por sequestro, extorsão, formação de quadrilha, roubo, lavagem de dinheiro e receptação, tendo como vítimas Marcelinho Carioca e uma amiga dele. O ex-jogador de futebol e a colega foram sequestrados no último domingo, dia 17 de dezembro e libertados pela PM (Polícia Militar) na segunda-feira (18). Eles estavam num cativeiro em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo.
Quatro dessas pessoas indiciadas foram presas pelos crimes: dois homens e duas mulheres. Outro homem e mais uma mulher ainda são procurados.
A Divisão Antissequestro (DAS) de São Paulo, que investiga o caso, pediu à Justiça a prisão preventiva dos seis. Os quatro que já foram detidos passaram por audiência de custódia nesta terça-feira (19) e tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Ao todo, dez pessoas participaram da ação criminosa contra o ex-jogador e a amiga, segundo disse nesta terça-feira (19), o delegado Fábio Nelson Fernandes, diretor da DAS. Segundo ele, a quadrilha não planejou o sequestro de Marcelinho e da amiga. De acordo com a investigação, ele ocorreu por acaso, quando criminosos viram o carro de luxo do atleta.
"O sequestro foi ocasional. O crime não foi planejado", afirmou Fábio, nesta terça.
De acordo com a investigação, que está sendo feita pela 1ª Delegacia da DAS, comandada pelo delegado Eduardo Bernardo Pereira, Marcelinho tinha ido a um show no estádio do Corinthians, em Itaquera, Zona Leste da capital, no domingo. Ao sair de lá, seguiu para Itaquaquecetuba para levar ingressos do evento para a amiga. Chegando ao local, ele contou que os dois foram abordados por homens armados.
"O automóvel chamou a atenção dos bandidos, que avaliaram que o dono dele teria dinheiro para extorquirem. Por isso o sequestraram. Como estava com a amiga, ela foi levada junto", disse o delegado. "Na hora, nem sabiam que se tratava de Marcelinho Carioca. Os dois foram agredidos quando foram abordados, além de terem sido ameaçados constantemente."
Os pedidos de pagamento de resgate para libertar o ex-jogador foram feitos pelos criminosos no domingo e na segunda, segundo a investigação. Um amigo chegou a transferir dinheiro para os bandidos. O veículo de Marcelinho foi encontrado pela Polícia Militar (PM) abandonado em Itaquaquecetuba.
No mesmo dia, bandidos obrigaram o ex-jogador a gravar um vídeo ao lado da amiga. Nele, os dois dizem que foram sequestrados porque eram amantes e que ela era casada, dando a entender que o mandante do crime foi o marido da mulher. Em seus depoimentos à DAS, ambos negaram ter um relacionamento amoroso e disseram ser apenas amigos.
"Os criminosos fizeram isso para tentar despistar a polícia", falou Fabio. De acordo com os investigadores, os bandidos chegaram a enviar o vídeo para familiares de Marcelinho depois que o desaparecimento dele foi noticiado na imprensa.
Denúncias anônimas levaram a PM até o local do cativeiro, também em Itaquaquecetuba. Os policiais encontraram Marcelinho e a amiga numa casa em que estava uma outra mulher, que foi presa por tomar conta do cativeiro. A polícia deteve outras três pessoas depois, dois homens e uma mulher, que, segundo a investigação, também têm envolvimento com o crime.
Marcelinho chegou a falar com a imprensa na segunda, após ter sido libertado, e também postou um vídeo nesta terça em uma rede social. Ele aparece ao lado da família e comenta sobre seu retorno para casa.
“Bem, gente... que bom estar de volta em casa, do lado de pessoas que realmente a gente ama. Toda a minha família aqui me esperando, torcendo por mim”, diz Marcelinho na gravação postada nesta madrugada em seu Instagram, onde tem mais de 1 milhão de seguidores. “Não só eu estou feliz, mas muita gente que torce por mim.”
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