Paraguai vai julgar 30 brasileiros que construíram de túnel

Pelo menos 30 brasileiros devem ser julgados em breve pela Justiça paraguaia por estarem envolvidos na construção de um túnel, na tentativa de assaltarem uma agência do ABN Amro Bank de Assunção, em 22 de fevereiro deste ano. A informação é do site Capitan Bado.com e do jornal paraguaio ABC Color.Os brasileiros, segundo as publicações, seriam integrantes da quadrilha que aterroriza os presídios de São Paulo. O caixa-forte do banco seria assaltado por meio de dois túneis de 165 metros de extensão, que estavam sendo escavados. O caso é idêntico ao que foi descoberto pela Polícia Federal na Operação Facção Toupeira, que entrou pela noite em vários estados brasileiros, para desarticular um perigoso bando de criminosos. A operação impediu que bandidos utilizassem um túnel de quase 100 metros de comprimento para roubar dois bancos em Porto Alegre (RS). Eles pertencem à mesma quadrilha que assaltou o Banco Central em Fortaleza, no ano passado.Ainda segundo as informações, a promotora paraguaia Teresa Sosa, encarregada do caso, teve informações fornecidas pela Polícia Federal brasileira após coleta de informações e de impressões digitais feita pela polícia paraguaia.Os membros da quadrilha conheciam as instalações do ABN Amro de Assunção porque a facção mantinha uma conta na agência, com o número 5.020.050. A participação da quadrilha na tentativa de assalto ao banco paraguaio foi confirmada pela PF que, no entanto, não deu detalhes para não atrapalhar as investigações. A promotora também se recusa a fornecer a identidade dos brasileiros. Segundo o jornal ABC Color, entre os brasileiros estão Alexandre da Silva Lopes e Marcelo Rodrigues Saara.Segundo as informações no cofre do ABN bank tinha um total de US$ 25 milhões. A tentativa de assalto foi frustrada porque os funcionários do ABN Amro ouviram barulho no subsolo do banco e avisaram a polícia. Como a polícia demorou a chegar, os assaltantes conseguiram fugir. O comissário Vidal Machado, chefe da delegacia de Delitos Financeiros, foi demitido porque um paraguaio que integrava a quadrilha denunciou que ele havia fornecido aos assaltantes um rádio conectado à freqüência da polícia, o que permitiu que a quadrilha soubesse que o plano havia sido descoberto.