O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse nesta terça-feira (18) que a solução para os constantes blecautes registrados no país passa pela construção de um grande conjunto de novas linhas de transmissão de energia. Segundo ele, porém, o governo não tem como autorizar todas as obras necessárias porque a conta de luz subiria “assustadoramente.”
Desde setembro, o país registrou seis desligamentos no fornecimento de energia que afetaram vários Estados. O último, no sábado (15), atingiu uma usina em Itumbiara (GO) e deixou no escuro parte da população de 12 Estados, entre eles Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Chipp negou que os problemas tenham sido provocados por falta de manutenção de equipamentos na rede elétrica. Ele apontou, porém, que o governo tem “uma indicação de que algumas subestações não têm a configuração mais adequada” para a realidade da demanda por energia no país hoje.
Transmissão
De acordo com o diretor-geral do ONS, o país precisa expandir a sua rede de linhas de transmissão para reduzir os riscos de blecaute ou apagão.
Ele não soube dizer o valor do investimento para dar conta da demanda atual, mas apontou que os leilões feitos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para contratar a construção de novas linhas estão abaixo do necessário.
“Você vê que o leilão tem oito, nove linhas. Mas se você pega um relatório de planejamento do ONS, a recomendação do que precisa fazer é muito mais, de coisa nova. Mas você não pode fazer tudo de uma vez só, senão a tarifa [de energia] vai lá para cima”, disse Chipp.
Com uma rede maior de linhas de transmissão, o risco de blecautes diminui porque o transporte de energia deixa de ficar concentrado em poucos canais. Além disso, caso haja falha em uma linha, as outra podem continuar a fornecer a energia que abastece uma determinada região.
A construção dessas linhas, porém, é bancada pelos consumidores de energia via tarifa. Segundo Chipp, para evitar onerar demais a população e as empresas, o governo elege as obras prioritárias para ir a leilão. Mas essa decisão eleva os riscos de falhas na rede.
“Precisa ter aquele equilíbrio: olha, aqui eu vou correr um pouco mais de risco, aqui eu não vou, para não deixar isso [a tarifa] subir assustadoramente”, disse o diretor-geral do ONS. Ele comparou a tomada de decisão nessa área à escolha de um seguro de carro, em que uma apólice com cobertura total é mais cara do que outra, parcial.
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