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Notas fiscais de empresas brasileiras são vendidas no Paraguai

06 fevereiro 2010 - 07h10

Notas fiscais em branco de empresas de vários estados do Brasil são vendidas dentro de uma galeria em Ciudad Del Este, no Paraguai. O objetivo é escapar da fiscalização de produtos contrabandeados.


Repórter: de onde você tem?

Vendedor: tem de São Paulo, do Paraná, do Rio Grande do Sul também.
 
Repórter: quanto é que está cada uma?
 
Vendedor: cada uma está R$ 10.

A fraude, gravada com uma câmera escondida, é feita para tentar enganar a fiscalização na hora de trazer para o Brasil produtos contrabandeados.
 
Vendedor: produtos hospitalares.
 
Repórter: vale qualquer coisa?
 
Vendedor: filé!

Levamos uma cópia da nota fiscal comprada no Paraguai até a Goiás médica, que vende produtos hospitalares. Segundo o gerente, o CNPJ e a inscrição estadual são iguais, mas a numeração da nota e a data de validade não conferem. As notas frias trouxeram problemas para a empresa, que acabou sendo alvo de denúncia na delegacia do consumidor.
 
“É um desrespeito, porque trabalhamos honestamente e somos lesados causa desses malandros. E ninguém toma providência”, diz o gerente da empresa Elvis Cintra.
 
Em Porto Alegre, o problema é localizar as empresas. Sem uma verificação mais profunda, as notas não levantam nenhuma suspeita, mas, por exemplo, quem procurar um determinado endereço, pode encontrar apenas uma rua residencial, onde o número da suposta loja não existe.
 
Foi o que aconteceu com um das lojas da capital gaúcha que teve a nota fiscal comprada no Paraguai. Na outra, o endereço que aparece no comprovante falso é de um escritório.
 
“As pessoas que adquirem produtos pela via ilegal no Paraguai acabam tentando de alguma forma passar o ar de que aquela mercadoria foi adquirida internamente. A pessoa corre o risco de ser presa por falsidade ideológica, por apresentar documento falso”, diz o delegado da Receita Federal de Foz do Iguaçu, Gilberto Tragansin.

Lá no Paraguai, basta uma conversa com o vendedor para descobrir como a nota fria pode dificultar a fiscalização.

Repórter: e se eles ligarem para a farmácia?

Vendedor: esse número vai dar sempre ocupado. Nunca ninguém vai atender.

Repórter: e o CNPJ?

Vendedor: pode consultar tudo que a firma está ativa.
 

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