Um homem de 32 anos, que sofre de problemas mentais, foi internado na manhã de segunda-feira em uma unidade do Centro de Assistência e Promoção Social (Caps) de Guarabira, na Paraíba, após passar uma semana preso pela própria mãe em um galinheiro, num sítio na zona rural do município de Pilõezinhos. A mãe dele, uma agricultora de 55 anos, admitiu que manteve o filho no local depois que ele começou a fugir de casa e a ficar mais agressivo.
"Ele tem quarto, as coisas dele, mas nunca quis usar roupa. Desde pequeno ele anda nu. Só agora, depois que começou a fugir, que eu o prendi. Mas eu o solto e dou água, comida e remédio a ele", disse a agricultora em entrevista a uma rádio local.
A enfermeira Edneide Monteiro foi ao sítio onde estava o homem e disse que não o encontrou preso: "Ele estava solto e não era maltratado. Apresentava um pouco de agressividade, mas o levamos até o Caps, que tem melhores condições de atendimento para esse tipo de quadro clínico".
A médica Ana Cristina Coutinho, que atendeu o homem, disse que ele está recebendo medicação antipsicótica. "Trata-se de um quadro de retardo mental grave, que não tende a mudar com os anos, aliás, a tendência é de que a situação piore com os anos. A mãe nunca deixou faltar medicamento ao filho", afirmou a médica.
Conhecido na cidade
De acordo com Júnior Mendes, prefeito de Pilõezinhos, o caso é conhecido dos moradores e, na sua opinião, nada tem de assustador. "O rapaz já é conhecido na cidade. Ele anda nu, sempre atrás de animais, mas acho que o problema agora foi que ele fugiu e deixou a mãe preocupada. Ela é uma mulher simples, que cuida do menino com o carinho característico de mãe", disse o político.
O homem de 32 anos, que tem problemas mentais, foi preso no galinheiro para não fugir de casa. 'Mas eu dou água, comida e remédio, tem alguma coisa demais? As galinhas também não ficam lá?’ diz a mãe.
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