Titular do Nacional, atual campeão do Clausura paraguaio, o volante brasileiro Glacinei Martins (Inca), com passagens por URT e Olimpia, foi flagrado no exame antidoping realizado na partida em que seu time empatou sem gols com o Olimpia e quebrou o jejum de títulos que já durava 63 anos.
A informação foi confirmada, nesta segunda-feira (21), pelo médico Osvaldo Pangrazio, da divisão de controle da Associação Paraguaia de Futebol (APF); por Gustavo Díaz Gill, diretor do laboratório onde foi feita a análise; e por Pedro Vázquez, secretário-geral da APF.
A respeito, Díaz Gill informou que a substância encontrada na urina do jogador é a dexametasona, contida em um anti-inflamatório de uso terapêutico, porém, de uso restrito no mundo esportivo. Segundo Díaz Gill, a substância não tem característica estimulante e não pode, portanto, potencializar o desempenho do jogador.
Em entrevista ao jornal ABC Color, José Fernando Ruiz, diretor do corpo médico do Nacional, admitiu que o atleta foi tratado com um medicamento que continha a referida substância, alegando, porém, ter cumprido com os procedimentos exigidos pela APF e relatado o uso do mesmo.
“Reconhecemos que injetamos no Inca, por via intra-articular, um medicamento proibido pela FIFA, mas que está permitido da forma como o fizemos. O único erro que cometemos é que não comunicamos antes de aplicá-lo, mas antes da partida contra o Olimpia, na planilha que nos entregam”, afirmou.
Pedro Vázquez, representante da APF, foi evasivo quanto a punições ao atleta. “O presidente da comissão de doping, Dr. Pangrazio, deve informar à presidência, ao comitê executivo e ao tribunal disciplinar. Este organismo é o encarregado de tratar o assunto e aplicar as penas correspondentes”, desconversou.