Um ataque a cerca de 80 garimpeiros brasileiros deixou 25 feridos no Suriname. A ação foi uma vingança da população local à morte de um morador que teria sido assassinado por um brasileiro.
Segundo um garimpeiro paraense que mora no Suriname, a situação ainda é muito difícil no país e ainda há muitos brasileiros desaparecidos. “As pessoas estão tentando ajudar umas às outras”, em entrevista à TV RBA (Rede Brasil Amazônia de Televisão), afiliada da Band em Belém do Pará.
O Suriname é um dos países mais pobres do planeta. A população de menos de 500 mil habitantes é equivalente à da cidade de Uberaba, no triângulo mineiro. Apesar da pobreza, a ex-colônia holandesa virou alvo de uma romaria de garimpeiros e prostitutas que chegaram do Brasil. Eles se concentram no norte do país, próximos à fronteira com a Guiana, e vivem em situação degradante.
O conflito aconteceu na cidade de Albina, onde boa parte dos 5.000 habitantes é composta por brasileiros. De acordo com o embaixador brasileiro no Suriname, José Luiz Machado e Costa, o ataque foi uma retaliação dos quilombolas pelo assassinato de um morador local por um brasileiro.
“Não há nenhum tipo de tensão entre os surinameses e os brasileiros, eles convivem há mais de 15 anos nessa situação do garimpo. (...) Foi uma disputa de poder pelo controla da área”, afirmou Costa.
Cerca de 80 brasileiros foram removidos em dois ônibus para a capital do país, Paramaribo. Outros teriam fugido atravessando a fronteira com a Guiana.
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