O dólar comercial fechou em queda nesta segunda-feira, dia 30 de dezembro, último pregão do ano, mas encerrou 2019 com uma alta de 3,50%.
Nesta segunda, a moeda norte-americana recuou 1,00%, a R$ 4,0098. No mês, a moeda caiu 5,42%. Já o dólar turismo terminou o ano vendido perto de R$ 4,18, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Segundo o Valor Online, a queda desta segunda foi influenciada pelo mercado internacional favorável ao risco e também pela pressão da formação da Ptax, que será a referência para o vencimento dos contratos futuros negociados na B3, na próxima quinta-feira.
No ambiente interno, o mercado acompanhou as projeções do Boletim Focus do Banco Central (BC). No relatório, economistas elevaram a estimativa de inflação para este ano de 3,98% para 4,04%. Já a projeção para o crescimento do PIB para este ano subiu de 1,16% para 1,17%. Para o ano que vem, a previsão foi elevada de 2,28% para 2,30% – oitava alta seguida.
A projeção dos analistas para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2020 permanece em 4,50% ao ano.
De forma geral, os mercados chegam ao fim do ano com tom otimista, especialmente depois de os Estados Unidos (EUA) e a China terem chegado a um consenso sobre alguns pontos de questões tarifárias.
Sinais de estabilização na economia chinesa, conforme indicativo por números recentes, também amparavam a busca por risco no mercado de moedas, sobretudo as de países exportadores de commodities --produtos com forte demanda chinesa.
Na máxima do ano, dólar chegou a R$ 4,25
Em novembro, o dólar bateu recordes nominais sucessivos, chegando a ser cotado a R$ 4,2584, em meio a incertezas sobre a economia mundial e piora das contas externas brasileiras.
A queda da taxa básica de juros também contribuiu para a alta da moeda em relação ao real: com a redução do rendimento das aplicações por aqui, em um cenário ainda de incertezas, os investidores buscaram opções lá fora, retirando dólares do país.