Sete meses após a derrota na eleição presidencial de 2010, o PSDB chega a seu primeiro encontro nacional dividido entre setores que buscam se cacifar internamente na disputa pelo Palácio do Planalto em 2014. A Convenção Nacional do partido, realizada neste sábado, 28, em Brasília, ficará marcada pela ausência de unidade em torno de um projeto comum para o maior partido de oposição.
Ainda nesta sexta-feira, véspera da reunião, o partido buscava um acordo, capitaneado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na disputa entre o senador Aécio Neves (MG) e o ex-governador José Serra (SP), aspirantes ao título de próximo candidato do PSDB à Presidência.
Depois de negociações em torno da composição da Executiva Nacional, cúpula partidária composta por 23 cargos, a ser eleita neste sábado, restou um nó a ser desatado: a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV). Aécio apoia a indicação do ex-senador Tasso Jereissati (CE). Serra, depois de resistir a oferta inicial de ficar com o posto, passou a pleitear a presidência do instituto, com um orçamento de cerca de R$ 10 milhões e responsável por estudos e pesquisas do partido.
Tanto o presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra, que será reconduzido hoje ao cargo, quanto Aécio não querem Serra no ITV por avaliarem que será criada no partido uma "presidência paralela". Cederam ao grupo de Serra a primeira-vice-presidência do PSDB como principal espaço na Executiva Nacional.
Encontro. Nesta sexta, Serra, FHC e o governador paulista Geraldo Alckmin reuniram-se no apartamento do ex-presidente para discutir uma solução. Fernando Henrique defendia a indicação do ex-governador à presidência de um Conselho Político, a ser criado pelo PSDB hoje. Serra, no entanto, resistia, segundo aliados. Para os serristas, o conselho era um "prêmio de consolação" que buscavam dar a ele.
A cúpula tucana acenou com um conselho enxuto, com no máximo seis integrantes, que teria autonomia financeira e administrativa e direito a contratar uma equipe de assessores para ajudar Serra a formular as políticas e o discurso do PSDB. O ex-governador, no entanto, mostrou-se indignado com o "veto" a seu nome para presidir o ITV e ameaçou explicitar o racha boicotando a convenção. O líder da bancada tucana na Câmara, Duarte Nogueira (SP), avaliava como "remotíssima" a possibilidade de ele aceitar a troca do ITV pelo Conselho Político. Aécio, no entanto, mantinha-se otimista em relação a um acordo, argumentando que o PSDB é "muito maior que qualquer um de nós
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