O ministro da Economia, Paulo Guedes, atribuiu nesta quinta-feira, dia 03 de dezembro, a um "impasse político" causado pela disputa pela presidência da Câmara a paralisação das discussões sobre a reforma tributária no Congresso.
Segundo o ministro, parlamentares governistas querem a aprovação do projeto do Banco Central independente e da reforma administrativa, mas o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), preferem a reforma tributária.
“Com esse impasse político, esse desentendimento político envolvendo a disputa da presidência da Câmara, a conversa está parcialmente interrompida. O eixo governista quer a aprovação do Banco Central independente e da reforma administrativa, que já está lá, e o relator e o presidente da Câmara preferem começar a tributária agora”, disse Guedes, durante participação no 92º Encontro Nacional da Indústria da Construção Civil (Enic).
Segundo o ministro, a discussão, inclusive com o envio de projetos de outras etapas da reforma tributária, pode ser retomada de forma rápida.
O deputado Rodrigo Maia, que comanda a Câmara desde julho de 2016, tem afirmado que não é candidato à reeleição. Parlamentares do chamado Centrão, bloco de apoio ao governo do presidente Jair Bolsonaro, defendem o nome do deputado Arthur Lira (PP-AL).
O Supremo Tribunal Federal começa a julgar nesta sexta-feira (4) uma ação que questiona a possibilidade de reeleição para a presidência da Câmara e do Senado.
A tramitação de reformas na Câmara tem sido motivo de divergências entre Paulo Guedes e Rodrigo Maia. No início de outubro, eles participaram de um jantar destinado a pacificar a relação entre ambos e chegaram a fazer um pedido mútuo de desculpas.
Construção civil
Durante o encontro, o ministro foi questionado sobre ações do governo para garantir o abastecimento de insumos para a construção civil, principalmente o aço.
Guedes afirmou que o governo não descarta mexer nas tarifas de importação se a oferta interna não melhorar.
“É possível recorrer às importações? Fizemos isso em alguns casos da indústria de alimentos. Quando o arroz disparou, nós reduzimos a tarifa de importação e travamos a alta do preço de arroz, por exemplo. Estamos atentos a essa possibilidade. Estamos dando um tempo. A indústria não vai parar por desabastecimento”, disse.
A retomada da economia e o aumento da demanda chinesa por commodities, aliadas à alta do dólar, impactou a oferta de matéria-prima no Brasil, elevando o preço de alguns produtos no mercado interno como aço, alumínio, papel e celulose.
A Cbic tem reclamado da falta de insumos para a construção civil e classificou a alta de preço como abusiva.
Em setembro, após o país enfrentar uma onda de alta no preço do arroz, o governo decidiu zerar, até 31 de dezembro, a tarifa de importação de arroz para países fora do Mercosul até uma cota de 400 mil toneladas.
Apesar da redução da tarifa, dados da balança comercial mostram que a liberação não fez efeito e que a alta da importação de arroz veio de países do Mercosul, que já tinham tarifa zero antes da medida anunciada pelo governo.
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