A diretoria-executiva do FMI (Fundo Monetário Internacional) aprovou ontem, por unanimidade, a extensão do acordo com o Brasil.O Fundo não divulgou nenhum comunicado após a reunião da diretoria, mas segundo fontes da agência Reuters, a diretoria elogiou o desempenho econômico do Brasil, que descreveu como "exemplar", e manifestou preocupação com a falta de crescimento do país.No início de novembro, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e a vice-diretora-gerente do FMI, Anne Krueger, anunciaram o novo acordo, que terá duração de um ano e deixará disponível ao Brasil uma linha de crédito de US$ 14 bilhões, sendo US$ 6 bilhões em recursos adicionais ao previsto pelo atual entendimento.Segundo a Reuters, o Brasil concordou em manter a meta de superávit fiscal que consome 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto), dinheiro economizado para garantir o pagamento de parte dos juros da dívida do país.Ontem, o ministro da Fazenda disse que é preciso que o país esqueça a macroeconomia e cuide dos investimentos, da geração de empregos e das questões sociais.Palocci estava justificando a assinatura do acordo com o FMI, que, segundo ele, serviu como uma "apólice de seguro" para o desenvolvimento do país."No plano pessoal, ganharia alguns pontinhos se não tivesse feito um acordo com o Fundo. Vocês sabem que sou ex-trotskista, fundador do PT", disse o ministro, acrescentando que entendeu as críticas recebidas quando decidiu pelo acordo.