As Comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Educação, Cultura e Esporte (CE) realizam audiência pública conjunta para debater o substitutivo da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei do Senado 268/2002, que define as atribuições das diversas profissões da área médica.
O projeto tem voto favorável do relator, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que acolheu o texto aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A proposta, no entanto, tem causado polêmica entre profissionais de saúde desde sua apresentação, há uma década, pelo então senador Benício Sampaio.
O texto lista procedimentos que só poderão ser realizados por médicos, como a aplicação de anestesia geral, cirurgias, internações e altas. Também ficam restritos aos médicos diagnósticos de doenças e decisões sobre o tratamento do paciente. A proposta define ainda as tarefas liberadas aos demais profissionais de saúde, entre elas a aplicação de injeções, curativos e coleta de sangue.
Sem consenso para votação da matéria na Comissão de Educação, os senadores decidiram promover mais um debate sobre o assunto. Foram convidados para a discussão os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Educação, Aloizio Mercadante, e o presidente do Conselho Nacional de Educação, José Fernandes de Lima.
A audiência está marcada para quarta-feira (12), às 10h30, no Plenário 15, da Ala Alexandre Costa.
Polêmica antiga
Em abril, a CE promoveu audiência pública para debater o tema. De um lado, estiveram os médicos, preocupados em delimitar seu espaço profissional. De outro, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e demais profissionais da saúde, temerosos de que, com a proposta, os médicos assegurem exclusivamente para si uma série de atividades, criando assim uma “reseva de mercado”.
Cássio Cunha Lima é favorável a sua aprovação por considerar que, no texto, não há restrições às atividades dos demais profissionais. Na reunião da última terça-feira (27), seu relatório chegou a ser lido na CE, mas o presidente da comissão, senador Roberto Requião (PMDB-PR), concedeu vista coletiva.
O projeto do Ato Médico foi apresentado no Senado em 2002 e aprovado em 2006, após uma série de audiências públicas promovidas pela então relatora da matéria, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO). Na Câmara, o texto foi aprovado em 2009, mas com uma redação modificada - e, por isso, retornou ao Senado, onde tramita agora.
O substitutivo da Câmara foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania em fevereiro deste ano. Depois da CE, a proposta ainda passará pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), antes de ir à votação no Plenário.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Vacinação contra a gripe em Dourados tem horários estendidos aos fins de semana
Homem agride ex em via pública após negativa de reatar relação e foge com filha
PROJERO DE LEIPrograma de capacitação de mulheres para atuar no turismo é criado

Morre Claudinei da Silva, ex-prefeito de Glória de Dourados e ex-deputado estadual de MS

Baile Charme do viaduto de Madureira comemora 35 anos

Cunhado é suspeito de furtar celulares de familiares em residência

Seja Luz para o Brasil! Não desista!

Último fim de semana da Expoagro: aproveite as condições exclusivas da Enzo Caminhões Mercedes-Benz

Desastre de Mariana: ação civil pública mira escritórios de advocacia

Laudir busca esclarecimentos sobre interrupção do serviço de motolância do Samu
Mais Lidas

Mulher tenta forçar adolescente a tocá-la e é presa por importunação sexual

Reparo em adutora é finalizado, mas abastecimento só deve ser concluído à tarde

Feminicida compartilhou foto de vítima morta em grupos de WhatsApp
