O aparelho de telefone celular que liga, através de grupo do aplicativo whatsapp, o ex-procurador Marcello Miller à JBS, foi apreendido na quarta fase da operação Lama Asfáltica, batizada de Máquinas de Lama e realizada há quatro meses em Mato Grosso do Sul pela PF (Polícia Federal), conforme informa o blog do jornalista Fausto Macedo no Estadão, segundo o Campo Grande News.
Com a suspeita de que isenções financeiras concedidas pelo governo eram retribuídas com propina, foram cumpridos, no dia 11 de maio, mandados de busca e apreensão em duas unidades da JBS em Campo Grande e na sede, localizada em São Paulo.
Dias depois, em 17 de maio, veio à tona a delação dos donos da holding J&F, os irmãos Wesley e Joesley Batista.
De acordo com o blog de Fausto Macedo, o celular de Wesley foi apreendido na quarta fase da Lama Asfáltica e, por meio de compartilhamento de prova, utilizado na operação Tendão de Aquiles. A PF identificou um grupo de WhatsApp do qual fazia parte o então procurador.
Segundo os investigadores, Miller deu orientações aos delatores, inclusive sobre o procedimento relativo a anexos da colaboração.
Delação
Depois de implodir o cenário político, com tentáculos que alcançaram até o presidente Michel Temer (PMDB), a delação de Wesley e Joesley, teve mais um capítulo incendiário na semana passada.
A poucos dias de deixar o cargo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou que abriu procedimento de revisão da delação premiada do grupo. No material entregue, há diálogo entre dois colaboradores, Joesley e Ricardo Saud, sobre suposta atuação de Marcello Miller.
Da conversa, depreende-se que ele estaria auxiliando na confecção de propostas de colaboração para serem fechadas com a Procuradoria-Geral da República. A conduta configuraria, em tese, crime e ato de improbidade administrativa.
As consequências imediatas foram a prisão de Joesley e Saud, que se entregaram à Polícia Federal no domingo (dia 10). Ontem, foi preso Wesley Batista, durante a 2ª fase da Tendão de Aquiles, que recebeu o nome de Acerto de Contas.
Conforme a Polícia Federal, a investigação apura o uso indevido de informações privilegiadas em transações no mercado financeiro ocorridas entre abril e maio de 2017, quando houve a divulgação de informações relacionadas a acordo de colaboração premiada firmado pela JBS e a Procuradoria Geral da República.
A operação Lama Asfáltica, força-tarefa da PF, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal, apreendeu no ano passado em Mato Grosso do Sul, durante sua segunda fase, tabelas que "batem" com a planilha de propina entregue pela JBS no acordo de delação premiada na Lava Jato.
A convergência de dados e tabelas indicam a preocupação, de ambos os lados, de ter controle dos valores envolvidos nas transações entre a JBS e o governo do Estado. (Com informações do Campo Grande News)
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