Seguindo recomendação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o Ministério da Saúde vai passar a contabilizar os casos de diagnóstico positivo para o HIV, ampliando a notificação, que antes era restrito a soropositivos que tinham desenvolvido a aids.
A medida, elaborada em parceria com o comitê de especialistas que apoia o programa brasileiro para HIV/aids e já adotadas por estados como São Paulo, Pernambuco, Paraná e o Distrito Federal, será apresentada a representantes dos movimentos sociais antes de ser implementada.
“Estima-se que hoje que, no Brasil, 135 mil pessoas vivam com HIV sem conhecer sua sorologia.
Para diagnosticar essa parcela da população mais precocemente e acolhê-la no serviço de saúde, queremos ampliar a notificação”, explica o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Dirceu Greco. “A notificação dos casos de HIV não gerará um cadastro.
Será assegurado o mesmo sigilo das informações dos brasileiros que vivem com aids”, acrescenta.
No Brasil, atualmente, apenas as pessoas que já desenvolveram a aids, gestantes com HIV e crianças expostas ao vírus são de notificação compulsória nos sistemas de vigilância do Ministério da Saúde.
Com a recomendação, passarão a ser registrados todos os casos de infecção pelo HIV.
A intenção do governo é, além de aprimorar a resposta à aids, iniciar o tratamento dos infectados em tempo oportuno, visando, com isso, que a doença não se manifeste, além de propiciar mais qualidade de vida para quem tem o vírus.
“Além disso, os pacientes em tratamento antirretroviral e que estão com carga viral indetectável reduzem, a quase zero, o risco de transmissão do HIV”, destacou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Dirceu Greco.
Ele reforça que, com a medida, o Ministério da Saúde trabalha também para quebrar a cadeia de transmissão do vírus. O Brasil segue a tendência internacional. Na América Latina, Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile já notificam casos de HIV. “Estados Unidos também, há muito tempo.
Na Europa, mais recentemente, Portugal passou a notificar. Com isso, podemos também elaborar políticas públicas mais específicas”, explicou Greco.
Para o diretor, a notificação irá contribuir para precisar os dados e redirecionar a vigilância epidemiológica no Brasil. Segundo Greco, o que era iniciativa de alguns estados que já notificam pacientes com HIV, agora será uma sistematização oficial.
“É importante lembrar que São Paulo fazia essa notificação desde 1994 e há 16 anos o Ministério da Saúde faz o registro das gestantes com HIV e crianças expostas ao vírus. E a informação, claro, é sigilosa”, reforçou.(Fonte: Agência Saúde)
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