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Brasileira é presa por golpe de bilhões em Portugal

18 dezembro 2009 - 11h37

Uma brasileira está em prisão preventiva em Portugal acusada de montar um esquema de garantias bancárias falsas cujo valor apurado até agora ultrapassou 60 bilhões de euros (cerca de R$ 153 bilhões) - um recorde entre as falsificações em Portugal. Segundo a acusação, a paulista M.R.P. (o nome dela está guardado sob segredo de Justiça), de 37 anos, teria falsificado cartas de crédito da agência de Lisboa do Banco do Brasil para operações de importação e exportação.

A coordenadora da Unidade de Combate à Corrupção de Polícia Judiciária, Manuela Marta, relata que o caso partiu de uma denúncia do Banco do Brasil. "As investigações começaram a partir de elementos que nos chegaram a partir da própria entidade bancária. Eram documentos muito semelhantes aos originais", disse. As garantias bancárias teriam sido vendidas para empresas de importação e exportação que utilizavam esses documentos para diminuir a taxa de juros na obtenção de empréstimos.

A cada garantia bancária falsa, os falsificadores receberiam em contrapartida um valor entre 25 mil e 60 mil euros. A investigação abrange ainda as empresas compradoras dos documentos, que também incorreriam em crime. Os lesados seriam bancos e agências de financiamento de operações de importação e exportação. Diz que "a detida é uma estrangeira que se encontra em Portugal há cerca de dois anos" e que teria se dedicado durante todo este período a esse tipo de crime. Além dela, houve mais um detido, de nacionalidade portuguesa.

Denúncia

José Carlos Neves, administrador do Banco do Brasil em Lisboa, conta como foi feita a denúncia: "Foi meu antecessor aqui em Lisboa. Começaram a chegar pedidos de confirmação de garantias bancárias em valores absurdos com documentações completamente infundadas".

"Nós negamos a autenticidade e comunicamos às autoridades portuguesas, na medida em que constituíam uma fraude", relata Neves. As consultas sobre a autenticidade dos documentos foram feitas por empresas de comércio internacional por meio de e-mail ou fax. Os valores de cada garantia iam de 500 milhões de euros até 10 bilhões de euros.

Em 26 de maio, os dois foram detidos e apresentados a um juiz. M. ficou em liberdade, com obrigação de se apresentar periodicamente a uma delegacia de polícia da região de residência - como é brasileira e haveria perigo de fuga, ela teve de entregar seu passaporte. O outro indiciado ficou em prisão domiciliar, com uma pulseira eletrônica de localização.

No entanto, teriam mantido o esquema e foram novamente detidos, sendo que ela foi colocada em prisão preventiva no dia 9 de dezembro. Um dia antes de ser detida e colocada em prisão preventiva, M. colocou na internet um anúncio para vender um celular touchscreen sofisticado, cujo preço normal é de 340 euros, por 230 euros.

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