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Brasil quer enviar mais 700 militares ao Haiti, diz Senado

20 janeiro 2010 - 13h16

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), vai convocar a comissão representativa que atua durante o recesso no Congresso para votar na segunda-feira, às 15h, um decreto legislativo que aumenta o efetivo dos militares brasileiros no Haiti.
Segundo assessores do Senado, a convocação foi um pedido do ministro da Defesa, Nelson Jobim. O decreto prevê o envio de mais 700 militares e 100 policiais para ajudar os atingidos pelo terremoto de 7 graus que devastou o país no último dia 12.
Jobim teria ligado hoje para Sarney pedindo pressa na votação. A comissão representativa é integrada por 17 deputados e oito senadores que ficam de sobreaviso durante o recesso para votar casos emergenciais.
Ontem, o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade o envio de mais 3.500 militares e policiais que fazem parte da missão de estabilização que o organismo internacional mantém no Haiti.
A medida aprovada prevê o envio de mais 2.000 soldados extras --que devem se juntar aos 7.000 soldados das tropas de paz já destacados no país-- e outros 1.500 policiais aos cerca de 2.100 homens da força policial internacional que já atuam no Haiti.
"O envio contribuirá para a manutenção da paz e para o apoio às esforços de reconstrução", disse o presidente do Conselho, o embaixador chinês Zhang Yesui, após a votação.
O chefe das tropas de paz da ONU, Alain Le Roy, afirmou que os soldados extras são essenciais devido ao "enorme" número de pedidos de escolta de comboios humanitários.
Ele disse ainda que a ONU precisa de tropas extras para garantir a segurança nas rotas, e para a formação de uma força reserva, para atuar caso a segurança se deteriore ainda mais. Segundo Le Roy, as forças de segurança adicionais são necessárias em todos os locais de distribuição de alimentos e água.
Tragédia
O terremoto ocorreu às 16h53 do último dia 12 (19h53 no horário de Brasília) e teve epicentro a 15 quilômetros da capital Porto Príncipe, que ficou virtualmente devastada.
O Palácio Nacional e a maioria dos prédios oficiais desabaram. O mesmo aconteceu na sede da missão de paz da ONU no país, a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), liderada militarmente pelo Brasil.
Ainda não há um dado preciso do total de mortos. A Organização Pan-Americana de Saúde, ligada à ONU, afirma que podem ter morrido cerca de 100 mil pessoas. Já a Cruz Vermelha estima o número de mortos entre 45 mil e 50 mil. O governo do Haiti já chegou a estimar em 200 mil o número de mortos.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores do Brasil, 21 brasileiros morreram no país --18 militares e três civis, a médica Zilda Arns, o chefe-adjunto civil da missão da ONU no Haiti, Luiz Carlos da Costa, e uma brasileira com cidadania europeia. Seus dados, no entanto, não foram divulgados a pedido da família.

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