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DEPOIMENTO

Bolsonaro entrou condenado e saiu condenado, dizem aliados

11 junho 2025 - 06h47Por G 1

Nos bastidores, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliam que o destino jurídico dele já está traçado: "entrou condenado, saiu condenado". A aposta é que, diante da força das provas reunidas no inquérito da tentativa de golpe, não há mais caminho para absolvição.

Contudo, há outro objetivo em curso: preparar terreno para um eventual pedido de prisão domiciliar.

É por isso que o tom adotado no depoimento ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes na terça-feira, dia 10 de junho, foi mais contido. Nada de ataques diretos ao Supremo, como nos tempos de Planalto. A orientação era clara: demonstrar cooperação e evitar confronto com o Judiciário — o oposto do Bolsonaro presidente.

Além disso, a fase de interrogatórios no STF revelou uma segunda estratégia: tentar descredibilizar a delação premiada de Mauro Cid. Réus como Braga Netto, por exemplo, usaram os depoimentos para questionar trechos da colaboração, como a história da sacola de vinho com dinheiro que teria sido entregue ao general para repassar a apoiadores acampados.

Esses dois movimentos — tom mais cauteloso de Bolsonaro e foco das defesas na delação de Mauro Cid — mostram que o momento agora é de contenção de danos. O cenário ainda é de expectativa por condenações, mas a estratégia já mira a próxima etapa do processo: a definição das penas.

Depoimento ao STF

Bolsonaro prestou depoimento na terça-feira ao STF no processo que apura a tentativa de golpe de Estado. Durante o interrogatório, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro negou ter participado de qualquer trama golpista e disse que "teve que entubar" a derrota para o presidente Lula (PT).

Ele minimizou as reuniões com comandantes militares no fim do mandato, afirmou que discutiu apenas alternativas “dentro da Constituição" e disse que não havia clima para um golpe. Também pediu desculpas a Moraes por declarações feitas durante o governo e afirmou que não houve intenção de acusar o ministro de conduta ilegal.

Sobre a chamada "minuta do golpe", Bolsonaro disse que o documento foi exibido rapidamente em uma televisão durante uma reunião e que ele não participou da redação nem sugeriu alterações — versão que contradiz o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, que o acusa de interferir no conteúdo.

No depoimento, o ex-presidente ainda chamou de "malucos" os apoiadores que pediam AI-5 e intervenção militar, disse que gravou uma live pedindo paz antes de viajar para os EUA e negou envolvimento com os atos de 8 de janeiro.

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