Uma troca de tiros entre bandidos e policiais em São Francisco, na Califórnia (EUA), matou o modelo brasileiro Bruno de Oliveira Bastos, 20 anos no último dia 30 de dezembro. O jovem, natural de Montes Claros (MG), foi vítima de uma bala perdida. Conforme informações recebidas pela família, Bruno havia acabado de deixar uma agência do Bank America, onde sacou dinheiro e remeteu para sua família no Brasil. Estava acompanhado de dois amigos e foi atingido nas costas, no estacionamento do banco. Um de seus amigos, cuja identidade não foi fornecida, também foi atingido gravemente. Na tarde de ontem a família do modelo, residente no Bairro Morada do Sol, região nobre de Montes Claros, estava na expectativa da polícia de São Francisco liberar o corpo. Segundo o jornal Hoje em Dia, ele seria cremado e as cinzas enviadas a Montes Claros, onde serão enterradas. O alto custo da preparação e traslado do corpo, orçado em US$ 10 mil, levou a família, de classe média alta, a optar pela cremação. A informação não foi confirmada pela família, que não quis dar entrevistas. Amigos de Bruno nos Estados Unidos acompanham todo o procedimento para cremação e encaminhamento das cinzas. A expectativa é de que o enterro aconteça até o próximo sábado. A mãe de Bruno, Zaia Oliveira Bastos, estava em Lion, na França, visitando outro filho, Márcio Oliveira Bastos, quando Bruno foi assassinado. Márcio também é modelo. Ontem à tarde, Juliana Bastos, irmã da vítima que mora em Nova York e levou o irmão para morar com ela nos EUA, se queixou das dificuldades impostas pela polícia norte-americana. "Temos dificuldade de saber até mesmo como foi o assassinato", diz. "Sabemos que ele saiu do banco com dois amigos e foi baleado durante assalto ao local. Não temos mais nenhuma informação e isso aumenta nosso sofrimento", reclama. Bruno completaria 21 anos em fevereiro e, atualmente, enquanto tentava a carreira de modelo, trabalhava como office-boy. Em Nova Iorque, ele trabalhou como garçom e lavador de pratos em uma pizzaria. Bruno era bastante conhecido no meio estudantil montes-clarense, onde promoveu muitas festas. "Éramos da mesma turma. Em 2000, ele avisou que viajaria para os EUA, onde pretendia ganhar muito dinheiro. Esse sonho não merecia acabar assim", disse ontem Alex Rodrigues Silva Júnior, 23 anos, amigo da vítima.