Na próxima segunda-feira, dia 22 de dezembro, o prefeito de Campo Grande André Puccinelli assina um protocolo de intenções, com entidades representativas da empresas de transporte coletivo urbano, para uso de um combustível alternativo (biodiesel) em parte da frota de Campo Grande. A iniciativa deve ser posta em prática nos primeiros meses de 2004, na primeira etapa com cerca de 25 veículos. A solenidade está marcada para as 11 horas, no gabinete do prefeito.A atitude da prefeitura reforça o apoio dado pelo prefeito, desde o início da pesquisa de desenvolvimento do combustível. No dia quatro desse mês, Puccinelli recebeu em seu gabinete uma comissão formada por pesquisadores, professores universitários e empresários que vieram discutir a viabilidade de utilização do biodiesel. O Programa Brasileiro de Desenvolvimento Tecnológico de Combustíveis Alternativos foi implantado em Curitiba há seis anos.Segundo o coordenador, Edílson Bernardim Andrade os veículos de uma frota que testou o combustível já rodou mais de cinco milhões de quilômetros “sem registrar nenhum problema”, assegurou. A resistência da indústria de motores automotivos, na opinião de Bernardim, é um dos motivos para que o uso de combustível alternativo não seja intenso. Além de Bernardim, estavam presentes à audiência o diretor executivo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Jonathas de Camargo; representantes da Assetur, do Setur, do Sindiálcool e professores da UCDB.No ano 2000, foi criada a empresa Ecológica Mato Grosso Indústria e Comércio - ECOMAT, única no Brasil a produzir, com tecnologias assegurada, o biodiesel a partir da transesterificação etílica de óleo de soja e detentora da tecnologia do produto co-solvente AEP 102, componente mestre da mistura álcool diesel MAD-8 (mistura de 8% de álcool etílico anidro, 89,4% de óleo diesel e 2,6% de aditivo AEP-102). A MAD-8 produzida em seu estágio final pela ECOMAT, já foi testada pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR) e creditada pela BASF S.A., em testes de bancada, como uma tecnologia viável como combustível substituto do óleo diesel. A iniciativa tem como objetivo a redução de impacto ambiental provocado pelos poluentes liberados pelos escapamentos dos ônibus a camada de ozônio.