O avião que transportava a seleção do Togo pousou em Lomé às 23h15 de ontem, depois que "Os Gaviões" deixaram no início da noite de domingo a Copa Africana das Nações 2010 (CAN) - o ônibus em que estavam havia sido metralhado na sexta-feira no enclave de Cabinda, em Angola.
A delegação foi recebida pelo primeiro-ministro Gilbert Fossoun Houngbo, membros do governo e dirigentes esportivos. O Togo deveria disputar sua primeira partida da CAN contra Gana, nesta segunda-feira em Cabinda.
O governo chegou a despachar um avião para tirar de Cabinda a delegação togolesa que teve dois integrantes mortos durante o ataque assumido pelas Forças de Libertação do Estado de Cabinda-Posição militar (Flec-PM), grupo nascido em 2003 de uma dissidência do principal movimento separatista, a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (Flec).
A partida dos togoleses põe fim a 48 horas de idas e vindas em meio ao drama. O governo togolês pediu pela primeira vez na noite de sábado a volta da equipe. Em seguida, os jogadores haviam anunciado a intenção de disputar o torneio "em memória" dos dois membros da delegação mortos: o assessor de comunicação Stanislas Ocloo e o técnico adjunto Abalo Amelete.
O premier Gilbert Fossoun Houngbo reiterou o pedido neste domingo, antes de deslocar um avião a Cabinda.