A “pena de morte” instituída no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) motivou hoje, após a terceira morte acontecida nesta madrugada, de Valdecir Pereira da Silva, de 40 anos, um pedido do CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) encaminhado ao DGSP (Diretoria do Sistema Penitenciário) para solucionar o problema que vem acontecendo dentro daquele complexo. Há duas semanas foram assassinados simultaneamente José Severino de Paula, condenado também por estupro, e Cícero Constantino Duarte, suspeito do assassinato da menina Mayara Brito Neves, de 3 anos, na ala onde há hoje 72 detentos que cumprem pena também por crimes envolvendo violência sexual.Segundo a presidente do CDDH, Nancyneide Cássia da Silva, o expediente enviado a diretora-geral do Sistema Penitenciário, Zenóbia Pedrosa, pede um local com mais segurança aos presos que correm risco de vida, diante da terceira morte registrada em menos de um mês. “Nós defendemos a vida. A pena de morte não é o melhor caminho, pois só gera mais violência”, opinou. Nancyneide Silva relacionou todas as mortes à transferência para o IPCG de Duarte, que corria o risco de ser linchado em Aquidauana, onde acabou sendo morto por todos os presos do pavilhão onde ficam os chamados “jackeiros”