presidente da Venezuela, Hugo Chávez, condenou no domingo, 13, o que chamou de ameaças da secretária de Estado americana, Hillary Clinton sobre as relações entre o Irã e países da América Latina. Na sexta-feira, a chefe da diplomacia dos EUA afirmou que a aproximação de Teerã com a região é uma ideia e que líderes latino-americanos deveriam pensar duas vezes antes de levá-la a cabo.
Durante a cúpula da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), em Havana, Chávez leu uma declaração assinada pelos países do bloco na qual condena as pretensões de Washington de se intrometer na política externa dos países latino-americanos.
"Rechaçamos energicamente as ameaças feitas em 11 de dezembro pela secretária de Estado dos EUA e reafirmamos os direitos dos países da América Latina e do Caribe de definir o sistema político, econômico e social decidido livremente por seus povos", diz o texto lido por Chávez.
O presidente venezuelano qualificou as declarações de Hillary de "agressão imperial grosseira" e "ameaça brutal". "Não vamos aceitar isso", afirmou.
No primeiro dia da cúpula, a Alba ainda rejeitou reconhecer as eleições em Honduras e condenou a instalação de bases americanas na Colômbia. A Alba é formada por Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba, Nicarágua, Honduras, Dominica, Antígua e Barbuda e São Vicente e Granadinas.